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Se no campo da política as notícias boas são um artigo raro, e essa lamentável escassez não está circunscrita ao Brasil, no terreno da medicina, felizmente, elas não param de acontecer. Na quinta-feira 17, o órgão que regula os medicamentos nos Estados Unidos, a FDA, anunciou a aprovação e a iminente venda em farmácia de uma molécula — o erenumabe — capaz de fazer o que alguns chamarão de um verdadeiro milagre: prevenir a enxaqueca.
A notícia correu mundo com velocidade. Afinal, estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas sofram de enxaqueca. No Brasil, são 30 milhões. Esse enorme contingente, com maior ou menor frequência, enfrenta uma das experiências mais desagradáveis, incômodas e dolorosas. Por isso, o anúncio de um alívio poderoso para a enxaqueca merece toda a atenção.
Logo que a informação foi divulgada nos Estados Unidos, VEJA acionou sua equipe de Saúde para fazer o que as redações chamam de “jornalismo de serviço”. São assim batizadas as reportagens destinadas a orientar o leitor no sentido mais prático e útil possível, respondendo a suas principais dúvidas e curiosidades. É um serviço em forma de jornalismo. VEJA considera que, com a presença avassaladora do universo on-line e das redes sociais, nunca foi tão necessário que os leitores tenham acesso a dados confiáveis e de qualidade, sobretudo quando se trata de áreas como a saúde e a medicina, temas tão sensíveis.
Na reportagem, o leitor terá todas as respostas sobre o novo remédio, desde seu funcionamento na fascinante química cerebral até aspectos práticos, como a data de chegada às prateleiras das farmácias brasileiras, a necessidade ou não de prescrição médica para a compra e uma estimativa de preço. Num trabalho minucioso, a repórter Giulia Vidale ouviu autoridades no Brasil e nos Estados Unidos, executivos da indústria farmacêutica daqui e de lá, além de um elenco de médicos de primeira linha. O resultado de sua apuração é uma aventura elucidativa para quem nunca viveu o pesadelo de uma enxaqueca — e, para os que sofrem da doença, uma peça de informações preciosas. Boa leitura a todos.
Publicado em VEJA de 30 de maio de 2018, edição nº 2584