- 1º Motivo de saída das empresas anteriores
É quase unanimidade entre as multinacionais de recrutamento e seleção de profissionais: o Brasil é um dos campeões mundiais em produção de currículos que listam feitos exagerados ou simplesmente falsos. A prática é muito comum, apesar do risco alto de o profissional ser desmascarado pelos especialistas nesse mercado, que dificilmente engolem qualquer lorota. Com base na experiência acumulada na área, a consultoria Luandre elaborou recentemente um ranking com as espertezas mais recorrentes dos candidatos. Explicar de forma vaga o motivo da demissão do emprego anterior ou criar uma ficção em torno da saída desse trabalho ficou em primeiro lugar da lista.
- 2º Fluência em inglês
De todas as mentiras recorrentes em currículos no país, o domínio de um idioma é a mais peculiar. O golpe mais comum é o candidato com um conhecimento intermediário cravar no CV que tem fluência em inglês ou outra língua. Naturalmente, isso não resiste à primeira prova de conversação.
- 3º Nível de conhecimento técnico na área
A exemplo do que ocorre com o nível de fluência em um idioma, o candidato que garante em seu currículo que tem uma determinada experiência ou habilidade específica é facilmente desmascarado pelo teste prático.
- 4º Título acadêmico
É mais comum do que se imagina o candidato passar por situações embaraçosas depois de garantir a conclusão de um determinado curso. No processo de checagem, a mentira cai por terra. No governo Bolsonaro, ficou célebre o caso do ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli da Silva. Ele acabou sendo desconvidado para o cargo após serem levantadas suspeitas sobre a conclusão de um doutorado incluído em seu currículo.
Publicado em VEJA de 3 de março de 2021, edição nº 2727