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A primeira santa brasileira

O papa Francisco assinou decreto reconhecendo um segundo feito miraculoso de Irmã Dulce

Por Da Redação Atualizado em 12 jul 2019, 14h40 - Publicado em 17 Maio 2019, 07h00

Para virar santo da Igreja Católica, o agraciado precisa ter dois milagres reconhecidos pela Congregação para a Causa dos Santos. O primeiro milagre é o atalho para a beatificação. O segundo autoriza a santidade. A baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), teve reconhecida em 2010, durante o pontificado de Bento XVI, uma graça inaugural, quando teria estancado uma violenta hemorragia de uma dona de casa sergipana. Na segunda-feira 13, o papa Francisco assinou um decreto reconhecendo um segundo feito miraculoso da freira baiana, que teria curado instantaneamente a cegueira de um homem de 50 anos. Ela será a primeira santa brasileira. O Brasil tem ainda outros 29 nomes canonizados. Frei Galvão, de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, em 2007, foi o pioneiro. Os 28 restantes tiveram o reconhecimento do Vaticano em 2017, como mártires, numa ação em grupo. O padre José de Anchieta, canonizado em 2014, e madre Paulina, em 2002, viveram no Brasil mas nasceram, respectivamente, na Espanha e na Itália.

Em vida, Irmã Dulce ganhou notoriedade pela vocação irrevogável e comovente de acolher mendigos e doentes em sua casa, postura que se radicalizou quando ela entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, de Salvador. Ela visitava presos nas cadeias com regularidade, invadia imóveis desocupados para abrigar os necessitados. Num dos episódios mais emblemáticos de sua trajetória, usou o galinheiro do convento em que vivia, o Santo Antônio, para abrigá-los cuidadosamente. “O importante é fazer a caridade, não falar de caridade”, dizia com frequência, como um mantra. “O importante é compreender o trabalho em favor dos necessitados como missão escolhida por Deus.”


Um gênio do humor

LÚCIO MAURO - “Cala a boca, Ofélia”, o mais conhecido dos bordões da TV (Camilla Maia/Agência O Globo)

O sonho de ser galã, alimentado na adolescência, nos primeiros passos como ator em grupos estudantis de Belém, no Pará, foi abandonado depois de um trágico acidente de carro. Lúcio Mauro seguia ao lado de Mário Salaberry, o diretor que o introduzira nas artes cênicas. Tinha 24 anos. Salaberry morreu na hora. “Meu rosto ficou uma posta de sangue. Os vidros entraram e cortaram tudo. Fui costurado com agulha com que se costura saco, sem anestesia. Não tinha cirurgião plástico naquela época. Vi que fiquei completamente deformado, mas depois me acostumei, e o público também”, disse Mauro a O Globo.

A beleza dos rostos perfeitos seria mesmo desnecessária para um ator com raro domínio de tempo dramático para personagens humorísticos, ancorados numa dicção e timbre de voz inigualáveis. Sua mais conhecida criação foi Fernandinho, o marido da dedicada Ofélia, mulher de inteligência rasa. “Cala a boca, Ofélia” é um dos mais conhecidos bordões da televisão brasileira. Nasceu em Balança Mas Não Cai, de 1968, na Globo, com a atriz Sônia Mamede como parceira, e chegou ao Zorra Total, ao lado de Claudia Rodrigues. Lúcio Mauro tinha 92 anos. Estava internado havia dois meses em uma clínica no Rio de Janeiro, com problemas respiratórios.

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Publicado em VEJA de 22 de maio de 2019, edição nº 2635

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