Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: VEJA por apenas 1,99

A mordaça sem disfarce

Manobra de Maduro enterrou de vez qualquer suposição de que houvesse na Venezuela algum resquício de democracia

Por Johanna Nublat 22 dez 2017, 06h00 • Atualizado em 4 jun 2024, 16h56
  • Mais de 160 venezuelanos morreram e ao menos 2 000 ficaram feridos nos embates travados entre a população e as forças de repressão do governo de Nicolás Maduro em 2017. Os comandados do presidente abusaram de prisões arbitrárias, torturas, estupros e tiros de armas não letais a curta distância. Na lista dos feridos com maior gravidade está o universitário José Víctor Salazar Balza, de 28 anos, transformado em tocha humana após a explosão de uma motocicleta usada pela Guarda Nacional Bolivariana durante um protesto. Com mais de 70% do corpo queimado, Salazar Balza ainda encontrou forças para gravar um vídeo em que incentivava seus compatriotas a sair às ruas “em nome de toda a Venezuela”. A despeito do sofrimento dos manifestantes e da grita internacional em razão do aprofundamento da crise no país, Maduro levou a cabo seu plano de instalar, ilegalmente, uma Assembleia Nacional Constituinte, composta exclusivamente de aliados. O novo órgão retirou os poderes do Parlamento unicameral do país, o único espaço em que a oposição ainda tinha voz. A manobra enterrou de vez qualquer suposição de que houvesse na Venezuela algum resquício de democracia. Maduro passou a ser classificado por governos e por veículos de imprensa internacionais como ditador, sem meias palavras ou atenuantes.

    Dividida, a oposição aceitou ir às eleições regionais de outubro e levou apenas cinco das 23 disputas locais, numa eleição mergulhada em denúncias de fraude. Em dezembro, nos pleitos municipais, partidos de oposição boicotaram a consulta popular. O futuro do país que tem uma das maiores reservas de petróleo do planeta é sombrio. Faltam medicamentos, e os venezuelanos convivem com a maior inflação do mundo, na casa dos 1 600% ao ano. Além disso, a Venezuela foi declarada “em default seletivo”, por não honrar suas dívidas com credores internacionais. Sem perspectivas, milhares de seus cidadãos fugiram para a Colômbia e para o Brasil.

    J.N.

    Publicado em VEJA de 27 de dezembro de 2017, edição nº 2562

    Publicidade
    TAGS:

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    OFERTA RELÂMPAGO

    Digital Completo

    A notícia em tempo real na palma da sua mão!
    Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    RESOLUÇÕES ANO NOVO

    Revista em Casa + Digital Completo

    Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
    De: R$ 55,90/mês
    A partir de R$ 29,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.