A edição do presidente
Na publicação especial de segunda-feira, VEJA trará matérias que mostram os desafios imediatos do futuro mandatário do país
Assim que a apuração dos votos do segundo turno da eleição presidencial estiver concluída na noite de domingo, VEJA porá o ponto-final em uma edição especial que circulará no dia seguinte. Ela estará à venda nas principais bancas e também ficará disponível no aplicativo da revista para tablets e smartphones. A capa estampará o 38º presidente da República Federativa do Brasil: Jair Bolsonaro, do PSL, ou Fernando Haddad, do PT.
Será o ponto culminante da campanha mais imprevisível, controversa e polarizada desde que o país voltou ao regime democrático e, portanto, às eleições diretas. Nos últimos meses, VEJA dedicou vinte reportagens de capa à eleição presidencial, inclusive a atual. Nelas, a revista tratou das questões mais candentes do processo: das opções assustadoras que se apresentaram aos eleitores ao império das notícias falsas, as chamadas fake news; da atuação das gangues digitais que beneficiavam este ou aquele candidato ao atentado que vitimou Jair Bolsonaro ainda antes do primeiro turno.
Na edição especial de segunda-feira, em meio ao conjunto de reportagens e artigos, VEJA trará matérias que mostram os desafios imediatos do presidente eleito, na economia e na política, e perfil dos auxiliares que cercam — e influenciam — o futuro mandatário do país. A edição servirá, a um só tempo, como documento e testemunho de um momento histórico.
Fechadas as urnas no domingo, VEJA espera que o Brasil consiga recuperar a tolerância em um ambiente pacífico. Apesar de viver uma espiral de violência como nunca antes na história, com taxas de homicídio absolutamente inaceitáveis, a sociedade brasileira, no que se refere às divergências políticas, mostrou-se capaz de manter padrões civilizados de convívio enquanto construía uma democracia com um vigor nem sempre devidamente reconhecido.
É preciso resgatar a capacidade de lidar com os contrários num regime livre. Bolsonaristas, petistas, direitistas, esquerdistas — somos todos brasileiros e, descontadas as exceções que vivem nas franjas dos extremos, queremos todos um país melhor, mais justo, menos desigual e cada vez mais democrático, em que todos possam se expressar livremente, sem a violência da intolerância e com respeito às diferenças que nunca deixarão de existir.
Seja quem for o presidente eleito no domingo, venha da direita ou da esquerda, VEJA continuará a cumprir sua missão de vigilância permanente do poder — em nome da democracia, da livre-iniciativa e da justiça social. E o primeiro capítulo desta nova etapa histórica começa a ser escrito na edição especial desta segunda-feira. Até lá.
Publicado em VEJA de 31 de outubro de 2018, edição nº 2606