O Vaticano excomungou três pessoas da Igreja por terem acusado o papa Francisco de heresia. Os padres Stephen de Kerdrel, Damon Kelly e a irmã Colette Roberts são eremitas que vivem na ilha de Orkney, com 600 habitantes no norte da Escócia e pertencem ao grupo ultraconservador The Black Hermits” (Os Eremitas Negros), fundado 1999. A informação foi revelada pelo site católico britânico The Tablet.
Os eremitas são signatários de uma carta aberta datada em abril de 2019, que acusa o pontífice ter “transformado inexoravelmente a Igreja em uma falsa Igreja” e condena o papa de “dar declarações e ensinar de uma forma que demonstre ser um grande herege.”
Com a excomunhão, eles não podem mais receber os sacramentos católicos nem participar da vida eclesiástica.
O papa Francisco tem sido alvo constante da ala extrema-direita do Vaticano ao longo do seu pontificado. Os ataques são reações aos documentos publicados e declarações reformistas não só em relação à postura do fiel católico, mas à própria Cúria Romana.
Os inimigos são majoritariamente ligados ao clero dos Estados Unidos, mas há adeptos na Itália, em países do leste europeu e na América Latina. Em setembro do ano passado, o pontífice chegou a afirmar em entrevista, que “reza para que não haja um cisma na Igreja Católica, mas que não teme que ocorra algum”.