Com a proposta de praticar a inclusão social, a Igreja Cristã Maranata (ICM) realiza o Trabalho de Acessibilidade, braço de ensino focado em palestras, oficinas e treinamentos para quem deseja aprender sobre novas linguagens inclusivas. Um dos maiores eventos do projeto aconteceu no dia 20 de abril, no Maanaim de Domingos Martins (ES), abordando temas como acolhimento e acessibilidade, autismo, TDAH, deficiências visual e auditiva, e idosos.
Essa ação teve início em 1997, com enfoque para pessoas com deficiência auditiva, e ganhou força em 2004, expandindo sua atuação. A prioridade é fornecer acesso aos cultos e seminários da igreja e ainda acolher os indivíduos e suas famílias. “A pessoa que necessita de acessibilidade chega muitas vezes machucada por já ter ouvido diversos ‘nãos’. Então, é uma ação para o acolhimento e inclusão da sociedade como um todo”, pontua o pastor Lucimar Bizio, doutor em Linguística Aplicada e
responsável pelo grupo de acessibilidade a surdos e surdocegos.
SEMINÁRIO INCLUSIVO
De acordo com Marco Antonio Medina, advogado e pastor responsável pelo grupo de acessibilidade a surdos e surdocegos, o seminário contou com a participação de 7 mil pessoas. “Falamos do papel fundamental dos pastores nesse acolhimento e envolvimento dos membros que devem contribuir para a quebra de barreiras”, conta.
Para Ana Lucia Peixoto, médica psiquiatra que também participou do evento, esse tipo de iniciativa é fundamental para toda a sociedade. “Nossa intenção é remover o conceito de incapacidade e fazer valer o direito e o acesso a todos os segmentos, principalmente na vida espiritual.”
AÇÕES QUE MUDAM VIDAS
Hoje, o projeto conta com mais de 450 voluntariados no Brasil e já impactou mais de 1.600 famílias. Para Maria Amin, pediatra, especialista em educação especial e integrante da coordenação de unificação do projeto, o trabalho é gratificante. “Mudou a minha vida até do ponto de vista profissional. Sem dúvida, sou uma pessoa e uma serva melhor”.
Um exemplo de inclusão é Gabriel, que chegou ao projeto com 20 anos por conta das deficiências visual e auditiva. Hoje, aos 28, participa das palestras de formação. “Quando eu conheci Gabriel, ele só sinalizava na língua tátil, não tinha qualquer autonomia de comunicação. Hoje, além de se comunicar, ele se tornou marceneiro e tem autonomia”, afirma Bizio.
O Trabalho de Acessibilidade da ICM também tem foco na terceira idade, que frequenta os espaços e também
necessita de assistência. “Aqui, a gente cuida de todos!”, finaliza Aaron Froede, médico oncologista e pastor responsável pelo grupo de altas habilidade e superdotação. Para maiores informações sobre o trabalho de inclusão da da igreja, visite o site: https://www.acessibilidadeicm.org.br.