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Temer sobre Janot: ‘Mentiroso contumaz e desmemoriado’

Ex-presidente da República afirmou que ex-PGR detratou possíveis integrante da lista tríplice para sucedê-lo

Por Leonardo Lellis Atualizado em 27 set 2019, 15h09 - Publicado em 27 set 2019, 14h34

O ex-presidente Michel Temer (MDB) manifestou-se por meio de uma nota curta a respeito das revelações do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot. Em entrevista a VEJA, ele relatou ter recebido, antes do impeachment de Dilma Rousseff (PT), um pedido avalizado pelo então vice-presidente para proteger o deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ), que estava no comando da Câmara na ocasião.

“O ex-procurador Janot, além de mentiroso contumaz e desmemoriado, revela-se um insano homicida-suicida. As ocasiões em que esteve comigo foram para detratar e desmoralizar os possíveis integrantes de lista tríplice para Procurador-Geral da República e para sugerir que nomeasse alguém fora da lista. Não merece consideração.”

Em seu relato a VEJA, Janot contou que o encontro ocorreu no Palácio do Jaburu e o pedido para poupar Cunha foi feito pelo ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves — a reunião foi testemunhada pelo petista José Eduardo Cardozo, que confirmou o relato do ex-PGR.

“Ele (Temer), depois de um pequeno rodeio, falou assim: ‘Estamos aqui para conversar não com o procurador-geral, mas com o patriota’. E entra o Henrique Eduardo Alves e reafirma: ‘Estamos aqui falando com o patriota e queríamos chamar o senhor para não permitir que o Brasil entre numa ‘situação de risco’. Esse homem é um louco. O senhor tem de parar essa investigação’. O louco era o deputado Eduardo Cunha”, contou Janot a VEJA.

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Por meio de sua conta no Twitter, Alves afirmou que o ex-procurador-geral da República “agride os fatos e a verdade”. “Hoje, nos primeiros vazamentos dessa publicação para imprensa, é relatado diálogo mentiroso que jamais participei, de momento que não condiz com a História, usando palavras e pleitos que não refletem minha forma de agir, me expressar e muito menos ouvir”, diz o ex-ministro.

O procurador vai lançar na próxima semana o livro Nada Menos que Tudo, escrito pelos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin, em que narra episódios desconhecidos ao longo dos quatro anos em que esteve à frente das investigações do maior escândalo político do país. 

Janot também narra, entre outros episódios, que entrou armado no Supremo Tribunal Federal decidido a matar o ministro Gilmar Mendes e se suicidar em seguida, que foi convidado pelo então senador Aécio Neves (PSDB) para ser candidato a vice-presidente da República e que o ex-ministro Antonio Palocci prometeu entregar cinco ministros do STF.

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