Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Sem segurança, Witzel não vai mais à sessão secreta da CPI da Pandemia

Não houve consenso entre o ex-governador do Rio de Janeiro e parlamentares da comissão sobre escolta policial dele e da família

Por Cássio Bruno Atualizado em 27 ago 2021, 14h35 - Publicado em 27 ago 2021, 13h56

O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), não vai mais depor à CPI da Pandemia, no Senado, em sessão secreta, como programado. O motivo é porque não houve um acordo entre as partes sobre a questão da segurança de Witzel e de sua família. A CPI confirmou a informação a VEJA nesta sexta-feira, 27. O pedido de proteção chegou a ser formalizado pelos advogados de Witzel ao presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), mas não saiu do papel. Aziz já recebeu o comunicado de Witzel sobre a decisão.

Witzel sentou na cadeira da CPI pela primeira vez em 16 de junho. Naquela sessão, transmitida ao vivo pela TV Senado e por toda a imprensa, o ex-governador afirmou ter “fatos gravíssimos” a revelar. O alvo principal envolveria o clã Bolsonaro. Ficou decidido, então, que ele voltaria a dar novas informações à comissão em um encontro sigiloso em Brasília ou no Rio. Em contrapartida, Witzel, a esposa Helena e os filhos teriam direito à segurança pessoal. Desde quando sofreu impeachment por corrupção e deixou o cargo, ele perdeu a escolta de policiais militares a qual tinha direito.

Na mesma sessão, Witzel e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), discutiram. O ex-governador disse que seu processo de impeachment foi resultado de uma perseguição política desencadeada após ele determinar a investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). Além de criticar Bolsonaro, Witzel levantou suspeitas também sobre a parcialidade de magistrados do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Ministério Público Federal (MPF) no processo que levou à cassação de seu mandato. Na ocasião, Flávio disse que, se o depoimento de Witzel fosse reservado, ainda assim ele estaria presente.

VEJA apurou que a segurança seria realizada por meio do programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita), do governo federal. Porém, não houve consenso por dois motivos: falta de recursos e a não adequação de Witzel às regras, como, por exemplo, a de não trabalhar exposto e a se mudar da cidade onde mora. Em seguida, tentou-se com que a proteção do ex-governador e de sua família fosse feita pelo próprio governo do Rio, que teria garantido a escolta por seis meses. Witzel, por sua vez, não se sentiu seguro a aceitar a proposta por este período, considerando um prazo pequeno.

Continua após a publicidade

Procurado por VEJA, Witzel não respondeu. O Provita, a Polícia Militar e a Polícia Civil ainda não deram um retorno sobre o assunto. Nos bastidores, integrantes da CPI entendem que, se Witzel tivesse “informações bombásticas” sobre os Bolsonaro, as revelaria durante o processo de impeachment.

Caso vai para o MP

Um dos advogados de Witzel, a pedido do ex-governador, entregou à CPI um dossiê com 74 contratos firmados entre o governo federal e empresas que prestam serviços aos hospitais federais no Rio, como revelou VEJA com exclusividade em 9 de julho. Destes contratos, 21 foram fechados sem licitação na gestão de Jair Bolsonaro num total de R$ 60,2 milhões. A comissão, no entanto, alega não ter tempo hábil para investigar, já que os trabalhos devem ser concluídos até o fim de setembro. Por isso, os senadores sugerirão, no relatório final, que o caso seja apurado pelo Ministério Público.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.