O horário eleitoral gratuito na TV da noite deste sábado 1º, praticamente não trouxe alterações nos programas dos presidenciáveis, na comparação com o material exibido no início da tarde. O programa de Geraldo Alckmin (PSDB), o maior do bloco de propaganda, manteve o ataque velado ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, com a mensagem de que os problemas não se resolvem na bala e de que não se pode votar com raiva.
No entanto, a segunda parte do programa do tucano – que apresentou à tarde Alckmin como Geraldo, médico e ex-governador de São Paulo, foi substituída, apesar de seguir no mesmo tema, pela história de uma adolescente diagnosticada com leucemia, moradora de uma comunidade no norte do Pará, que precisou viajar 3 mil km para se tratar em São Paulo. A peça mostra Alckmin criticando a situação da saúde pública no Brasil e visitando Verônica no local onde ela se trata em São Paulo. “O que os últimos governos fizeram com a saúde pública no Brasil é inaceitável”, diz o presidenciável.
Os demais candidatos repetiram os programas da tarde, inclusive o PT, que manteve o protesto contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de barrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mostrou críticas de partidários à prisão do petista. Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP). Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), desde 7 de abril.
Nos programas da hora do almoço, Marina Silva (Rede) recorreu às mulheres, Henrique Meirelles (MDB) à sua experiência nos governos Lula e Temer, Ciro Gomes (PDT) ao seu projeto de ajudar os brasileiros a saírem do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Alvaro Dias (Podemos) à uma foto com o juiz Sergio Moro.
Jair Bolsonaro (PSL), em seus oito segundos, falou em “defender a família”, enquanto Guilherme Boulos (PSOL), em treze, foi apresentado pelo ator Wagner Moura.
Postulantes com pouquíssimo tempo de televisão adotaram diferentes estratégias. Cabo Daciolo, do Patriota, recorreu à Deus. José Maria Eymael, da Democracia Cristã, exibiu seu tradicional jingle. Vera Lúcia, do PSTU, falou em “rebelião”. João Amoêdo, do Partido Novo, prometeu acabar com o horário eleitoral gratuito. E João Goulart Filho, do PPL, lembrou o pai, o ex-presidente João Goulart.
(Com Estadão Conteúdo)