Rio terá primeiro presídio vertical do país, anuncia Witzel
Governador do Rio de Janeiro afirma que estrutura terá nove andares e capacidade para 5.000 presos. Presídio será erguido no complexo de Bangu
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), anunciou nesta segunda-feira, 4, que o estado terá o primeiro presídio vertical do Brasil, com nove andares, capaz de alojar 5.000 presos. A estrutura será erguida no espaço de uma unidade penal do Complexo de Bangu, o Presídio Plácido de Castro, que está em más condições de conservação, de acordo com o governador.
Witzel ressaltou que a ampliação do sistema penitenciário também é uma resposta às medidas apresentadas hoje pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para endurecer as leis penais.
“A primeira questão que eu coloquei para o ministro Sergio Moro, ainda em dezembro, foi o impacto disso no sistema carcerário. Nós estamos desenvolvendo aqui no Rio de Janeiro um modelo de presídio vertical, com nove pavimentos, que pode acondicionar em cada cela de seis a oito presos. Isto já está em andamento, nós já estamos fazendo um projeto básico para encaminhar ao Departamento Penitenciário [Nacional]”, disse Wilson Witzel, após participar da posse do novo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Cláudio de Mello Tavares.
Segundo o governador, o presídio vertical deve custar entre 60 milhões e 80 milhões de reais e representará uma modernização no sistema penitenciário estadual. “Imaginem que nós poderemos, com 800 milhões de reais, ter 70.000 novas vagas aqui no estado”, calculou.
Witzel disse ainda que o prédio será construído no prazo mais breve possível e que o projeto está sendo tocado pela Secretaria Estadual de Obras, em um primeiro momento, para reduzir custos. “Estou andando com o projeto de forma acelerada, para que a gente consiga implementar esse presídio, que será uma inovação em termos de estabelecimento prisional no Brasil. Isto tudo está sendo feito com a nossa Secretaria de Obras, sem contratação de terceirizados.”
O Rio de Janeiro, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem 53.000 presos para um total de 29.000 vagas em 56 estabelecimentos prisionais.