O ex-governador Beto Richa (PSDB) afirmou, na saída de um quartel da Polícia Militar (PM) em Curitiba, onde estava preso, que vai retomar sua campanha ao Senado Federal. “Estou cansado nesse momento, esgotado, estou indo encontrar meus familiares, abraçar meus filhos e netos. Vou voltar para minha vida normal. Vou retomar minha campanha”, disse.
Richa classificou sua prisão como “crueldade enorme” e disse que ele e sua família “não mereciam o que aconteceu”. Ele disse que irá responder a todas as acusações “sem a menor dificuldade”. “Lamento que é a palava de um indivíduo, de um delator, cujo histórico de vida não demonstra nenhuma credibilidade. Aí eu pergunto. Vale a palavra dele ou vale a minha palavra”, afirmou o tucano, que não quis responder as perguntas da imprensa.
Rádio Patrulha
Richa é apontado pelo Ministério Público do Paraná como líder de uma organização criminosa que teria fraudado uma licitação de R$ 70 milhões destinada à manutenção de estradas rurais. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele recebia 8% do valor bruto pago para as empreiteiras. Em um áudio entregue pelo delator Tony Garcia, Richa manda o empresário “ir pra cima” de um empreiteiro que estaria atrasando o pagamento.