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Renato Duque se recusa a responder perguntas na CPI

'Esta é a hora de calar', afirmou a parlamentares o ex-diretor de Serviços da Petrobras, preso pela segunda vez na décima fase da Lava Jato

Por Gabriel Castro, de Brasília
19 mar 2015, 10h58

Apontado pelos investigadores da Operação Lava Jato como um dos principais arrecadadores de propina do PT no esquema do petrolão, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque se recusou a responder aos questionamentos de parlamentares na CPI da Petrobras, onde deveria prestar depoimento nesta quinta-feira.

Duque, que está preso, chegou ao plenário da comissão por volta das 10h30. Em sua fala inicial, afirmou: “Existe uma hora de falar e uma hora de calar. Esta é a hora de calar, do meu ponto de vista. Estou sendo acusado, me encontro preso. Então, por esse motivo é que eu estou exercendo meu direito constitucional ao silêncio”, disse ele.

Apesar da recusa de Renato Duque, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-RN), assegurou aos parlamentares o direito de fazer perguntas ao depoente. Ante um dos questionamentos feitos pelo relator da CPI, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), Duque deu uma resposta ligeiramente diferente:”Nunca pensei que seria tão difícil ficar calado”, começou, antes de reafirmar que não responderia.

Sem perspectiva de obter explicações do ex-diretor, a oposição tentou convencê-lo a firmar um acordo de delação premiada para contar à Justiça o que sabe. “Vossa senhoria vai ter no mínimo 30 anos de prisão a cumprir e a chance de ser protegido pelo PT é zero. Vossa senhoria tem família, tem parentes e tem amigos. Faça uma análise de consciência junto com seus advogados, se vale a pena esse ônus recair sobre seus ombros”, afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). O tucano citou o episódio do mensalão, que resultou em penas de mais de 30 anos de prisão para os operadores financeiros do esquema, enquanto os agentes políticos receberam sentenças muito mais brandas.

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Duque, que foi indicado ao cargo por José Dirceu e participava da divisão de recursos para o PT, é investigado por receber propina de empreiteiras que mantinham contrato com a Petrobras. Ele foi preso na segunda-feira, pela segunda vez, depois que o Ministério Público Federal identificou 20 milhões de euros em nome dele em uma conta no principado de Mônaco.

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