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Rejeição a Bolsonaro aumenta e certeza de voto nele cai, aponta Ibope

Índice dos que não votariam no candidato do PSL de jeito nenhum passou de 35% para 40%; os que votam nele com certeza foram de 41% para 37%

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 out 2018, 21h33 - Publicado em 23 out 2018, 21h23

A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 23, traz duas más notícias ao candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, além da redução de sua vantagem sobre Fernando Haddad (PT) de 18 para 14 pontos porcentuais. O instituto de pesquisas aponta um aumento na rejeição a Bolsonaro, isto é, no número de eleitores que não votariam nele de jeito nenhum, e diminuição no porcentual de eleitores que com certeza votariam no capitão reformado do Exército.

Segundo o instituto de pesquisas, descartaram votar no pesselista 40% do eleitorado, número que era de 35% no levantamento anterior, divulgado em 15 de outubro. Quanto à certeza de voto, o porcentual passou de 41% para 37%. A margem de erro da pesquisa Ibope é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

A rejeição a Jair Bolsonaro, que estava 12 pontos porcentuais abaixo da de Haddad há uma semana, agora tem apenas um ponto porcentual a menos. O petista era rejeitado por 47% dos eleitores, índice que foi a 41%. O número dos que declaram votar com certeza no ex-prefeito de São Paulo passou de 28% para 31%.

Responderam que poderiam votar em Bolsonaro 11% dos eleitores, índice que é de 12% para Haddad. Os que não conhecem os candidatos o suficiente para opinar são 11% para o deputado federal e 14% para o ex-prefeito. Eleitores que não sabem ou preferiram não opinar somam 2% para ambos.

Líder das pesquisas de intenção de voto válido no segundo turno, com 53% no Ibope, Jair Bolsonaro passou por desgaste nos últimos dias, após vir à tona um vídeo em que seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal reeleito por São Paulo, declarou que bastam “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Diante da repercussão negativa e das manifestações de ao menos cinco ministros do STF, incluindo o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, o presidenciável desautorizou a afirmação de Eduardo e enviou uma carta ao decano do Supremo, ministro Celso de Mello, em que afirma que o “Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição e todos temos de prestigiar a Corte”. Mello havia classificado a afirmação de Eduardo Bolsonaro como “inconsequente e golpista”.

No último domingo, 21, Jair Bolsonaro também deu declarações polêmicas. Em uma transmissão via celular para um ato em seu favor que ocorria na Avenida Paulista, em São Paulo, o candidato falou, em referência aos petistas, que “ou vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”.

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