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Reforma da Previdência será de difícil aprovação, diz Maia

Segundo o deputado, reformas estão ficando menores do que foi planejado pelo governo e "incêndio fiscal" vivido pelo país vai piorar

Por Da Redação
29 set 2017, 15h29
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  • O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira que a Reforma da Previdência será de difícil aprovação no Congresso e menor do que a planejada pelo governo. “Todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria, e a da Previdência já é menor do que o governo gostaria”, disse Maia a repórteres após participação em evento com reitores de universidades no Rio de Janeiro.

    Maia voltou a defender a necessidade de alterar as regras previdenciárias e fez avaliação que, aquilo que chamou de “incêndio fiscal” vivido pelo país, vai piorar a partir de 2019 caso a Previdência não seja reformada. “Se não fizermos reforma do Estado agora ou no próximo presidente, vamos estar inviabilizando investimentos em áreas fundamentais do Brasil”, disse o presidente da Câmara. “Todas as reformas, elas têm sido, infelizmente, pequenas porque o Parlamento olha a próxima eleição e tem divisão nos temas”, acrescentou.

    O deputado também reconheceu dificuldades entre seu partido, o DEM, e o PMDB, partido do presidente Michel Temer, mas assegurou que esse abalo não terá impacto na forma de os parlamentares do DEM votarem no Congresso. “Não misturo os temas, vocalizo minha preocupação na relação do PMDB com o DEM… temos nossos problemas que não estão resolvidos, mas não é isso que vai fazer a gente mudar a postura no que acreditamos, como reforma da Previdência”, assegurou. “Não vamos mudar de opinião porque A ou B, ou o presidente do PMDB tem trabalhado de forma hostil contra o DEM.”

    A relação entre as duas siglas estremeceu após a filiação ao PMDB do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PE). Ambos chegaram a negociar a mudança do PSB para o DEM, mas acabaram se filiando ao partido de Temer.

    Sobre a votação da segunda denúncia contra o presidente que tramita na Câmara, Maia voltou a dizer que atuará como árbitro neste processo, sem se posicionar contrário ou favorável ao andamento. Ele também se esquivou de analisar se o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), escolhido relator da denúncia, se colocará a favor ou contra Temer.”O deputado Bonifácio é um homem sério, sem mácula e não tenho como avaliar se ele foi escolhido como relator por ser contra ou a favor do presidente”, disse.”Tenho certeza de sua independência, necessária para dar seu voto, e não me preocupo com isso.”

    (Com Reuters)

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