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PT compara morte de Marielle Franco a condenação de Lula

Em documento em que define ações para tentar evitar prisão do ex-presidente, partido diz que os dois eventos são resultado de 'mesmo processo político'

Por Estadão Conteúdo 16 mar 2018, 12h13

A Executiva Nacional do PT aprovou nesta quinta-feira (15) uma resolução na qual diz que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) faz parte do mesmo processo político que levou à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a doze anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP) e pode culminar com a prisão do petista.

Além disso, a resolução intitulada “Lula livre é a esperança do povo brasileiro”, o PT anuncia uma série de 17 ações que vão desde a divulgação de vídeos e panfletos em defesa da liberdade do ex-presidente, passando por vigílias e manifestações de rua até a criação de uma Rede da Legalidade composta por veículos de mídia simpáticos ao PT, numa referência à cadeia radiofônica criada por Leonel Brizola para garantir a posse do então vice-presidente João Goulart depois da renúncia de Jânio Quadros, em 1961.

Segundo o PT, o País passa por uma “escalada autoritária” que teve como frutos a condenação de Lula e a intervenção federal no Rio de Janeiro, entre outras coisas.

“A mais recente e trágica consequência dessa escalada foi o assassinato, na noite de ontem [quarta], da companheira Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro. A cruel execução de Marielle choca a nação e põe a nu a violência e a criminalização da pobreza, do povo negro, das mulheres, jovens e LGBTs, dos militantes dos movimentos sociais e da esquerda. Marielle vive em nossa luta”, diz a resolução.

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No texto, o PT reitera que para o partido Lula é inocente e foi julgado em um processo político cujas provas eram insuficientes para a condenação. A possibilidade de o petista ser preso nas próximas semanas foi um dos principais temas da reunião da cúpula petista realizada nesta quinta-feira em Salvador, onde acontece o Fórum Social Mundial.

Os petistas ainda apostam em uma ofensiva sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte julgue casos envolvendo a prisão após condenação em segunda instância antes que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região aprecie os embargos de declaração apresentados pela defesa de Lula em recurso contra a condenação do ex-presidente.

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Prisão

Embora as alas majoritárias do PT mantenham uma esperança comedida em relação à possibilidade de Lula não ir para a cadeia, o partido começou a discutir formalmente o que fazer caso seu líder máximo seja preso. A Executiva petista determinou a criação de um Comitê Nacional de Mobilização, formado pelas secretarias nacionais de Organização e Movimentos Sociais, que será responsável por coordenar as diversas ações em todo o país.

O calendário de mobilizações começa no dia 26, quando se espera que o TRF4 julgue os embargos de declaração, e vai até o dia 28, data prevista pelo PT para uma possível prisão do ex-presidente. Neste dia, Lula estará em Curitiba, sede da Lava Jato e cidade onde provavelmente cumprirá pena, no encerramento de uma caravana pela região Sul que começa no dia 19. A ideia é fazer um grande ato público para denunciar as supostas arbitrariedades do processo e reforçar o discurso de que Lula é um preso político.

Segundo dirigentes petistas, a indicação de um porta-voz para o ex-presidente na cadeia está descartada. Ele terá vários interlocutores que serão responsáveis por abastecer Lula de informações e repassar para fora do cárcere as mensagens do petista. Entre as medidas aprovadas pelo PT está a disponibilização das páginas na internet dos parlamentares petistas para divulgação a qualquer momento de vídeos de interesse do partido.

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