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PSB não vai apoiar Maia e quer articular bloco de centro-esquerda

Partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro se afastaram do político do DEM após aliança deste com o PSL

Por Estadão Conteúdo 10 jan 2019, 20h17

Deputados do PSB se reuniram nesta quinta-feira 10 em Brasília e, em uma votação consultiva, indicaram por ampla maioria que o partido não apoiará a candidatura do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) à reeleição.

Participaram da reunião 22 parlamentares e, segundo apurou a reportagem, apenas um deputado mostrou interesse pelo apoio a Maia. A sigla agora espera uma posição de PDT e PCdoB – os três integram um bloco parlamentar –, para tomar uma decisão conjunta sobre quem será o candidato do grupo.

Ao mesmo tempo, há em curso uma articulação para ampliar o bloco de centro-esquerda, com a inclusão do MDB, PP e PTB, o que reuniria 150 deputados. Se o grupo for fechado, é possível que seja definida uma candidatura própria à presidência da Câmara, o que poderia desequilibrar o jogo que, atualmente, é favorável a Maia. O demista já angariou o apoio de ao menos dez partidos.

De acordo com o líder do PSB na Câmara, Tadeu Alencar (PE), o apoio oficial do PSL a Maia teve impacto determinante no sentimento da sigla. “Quando Maia não era visto como um candidato do governo, isso era um ativo dele. Mas, no momento em que o partido do presidente Jair Bolsonaro aderiu à chapa de Maia, sua chapa passou a ser identificada com a agenda do governo”, disse.

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Para Alencar, Maia foi um bom presidente em sua primeira gestão justamente porque deu espaço para todas as forças políticas da Câmara. “Ele não utilizou instrumentos para atropelar a oposição e deu um relativo equilíbrio para o funcionamento interno da Casa, além de ter tido uma boa postura de independência em relação ao Executivo”, afirmou.

Hoje pela manhã, Alencar e os líderes do PDT, André Figueiredo (CE), e do PCdoB, Orlando Silva (SP), se reuniram com Maia no gabinete da Presidência da Câmara. Alencar levou a Maia o descontentamento com as alianças formadas por ele. “Ele nos disse que não fez uma aliança com o governo e sim com o PSL, e que manteria todos os compromissos com a oposição”, disse.

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Blocão

A articulação de um bloco mais amplo de centro-esquerda visa garantir espaços importantes na direção da Câmara e no comando das comissões temáticas, que são divididas de acordo com o tamanho dos blocos parlamentares.

Segundo deputados, não está descartada a possibilidade de o bloco procurar também o PT, que será a maior bancada da Câmara, com 56 deputados. Isso porque havia um acordo de que Maia não procuraria os dois maiores partidos da próxima legislatura – PT e PSL – durante a sua campanha.

Na semana passada, porém, o presidente do PSL, deputado eleito Luciano Bivar (PE), anunciou o apoio oficial da sigla à candidatura de Maia em troca de cargos na Mesa Diretora e em comissões importantes da Câmara. O gestou foi visto por parte da oposição como uma quebra do acordo feito inicialmente.

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