PL e Progressistas devem ganhar novas comissões no Senado Federal
Os partidos que ficaram de fora da atual partilha dos colegiados serão atendidos com o desmembramento de comissões já existentes
![Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial. Na ordem do dia, o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O decreto foi assinado no domingo (8) pelo presidente da República, e tramita em caráter de urgência. Mesa: vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); secretário-geral-adjunto da Mesa do Senado Federal, Ivan Furlan Falconi. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/01/52619562154_295b2e1e58_o.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A decisão sobre o comando das comissões no Senado e na Câmara costuma levar em conta o critério de proporcionalidade, que dá prioridade na escolha aos partidos com as maiores bancadas na Casa. Apesar disso, no Senado, o bloco de oposição ao governo, formado por PL, PP, Novo e Republicanos, ficou de fora do rateio das comissões. A decisão foi uma retaliação ao fato de as legendas terem lançado uma candidatura de oposição à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência da Casa.
“Vinte e Três senadores do bloco foram alijados de um processo democrático. Entendo que isso faz parte do jogo político e que exista pressão do governo, mas nunca havia acontecido isso nesta Casa”, diz o senador Zequinha Marinho (PL-PA). “Agora vão tentar resolver a situação com um prêmio de consolação”, acrescentou.
O tal prêmio de consolação tende a ajudar na pacificação do ambiente interno da Casa. De perfil conciliador, Pacheco pode criar duas novas comissões. A ideia é desmembrar a Comissão de Educação, Cultura e Esporte, instalando um colegiado para discutir apenas a questão do esporte, que ficaria com o PL, a segunda maior bancada da Casa. A outra comissão a ser fatiada seria a de Relações Exteriores e Defesa Nacional. O Progressistas, à frente da sexta maior bancada, ficaria com a temática da Defesa.
Para que o cenário se concretize é preciso que Pacheco cumpra o rito regimental e leve o assunto para votação no Plenário do Senado.