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PF faz busca em sede do PSL em operação que investiga ‘laranjas’

Partido teria destinado verbas milionárias do Fundo Partidário para candidatas que tiveram votações insignificantes nas últimas eleições

Por Giovanna Romano Atualizado em 27 jun 2019, 10h23 - Publicado em 29 abr 2019, 11h00

A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira, 29, a Operação Sufrágio Ostentação, para investigar as suspeitas sobre as candidaturas -‘laranja’ na campanha eleitoral do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, em Minas Gerais. Foram cumpridos sete mandados judiciais de busca e apreensão em endereços em Minas ligados ao partido.

Segundo a PF, os endereços de busca e apreensão foram expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte e dois estavam na capital, dois em Contagem, um em Coronel Fabriciano e um em Ipatinga. “Houve também a apreensão de documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais”, informou.

Sob o comando de Marcelo Álvaro Antônio, atual ministro do Turismo e dirigente do partido no estado, o PSL teria destinado verbas milionárias do Fundo Partidário para candidaturas que tiveram votações insignificantes nas últimas eleições, em disputas por cargos legislativos em estados como Minas Gerais e Pernambuco. As investigações começaram após a revelação do jornal Folha de S. Paulo em fevereiro deste ano.

Durante a campanha do ano passado, candidatas mulheres receberam entre 60.000 e 72.000 reais do PSL, apesar de baixíssima votação, entre 196 e 885 votos. Para efeito de comparação, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), eleita com mais de 1 milhão de votos, recebeu 100.000 reais da legenda.

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A combinação de baixas votações com repasses volumosos são características típicas de candidaturas chamadas de ‘laranjas’, aquelas que não tem objetivo real de buscar uma vitória eleitoral e são apresentadas apenas para objetivos partidários escusos, como, por exemplo, cumprir a cota mínima de mulheres candidatas ou simular doações fraudulentas de partidos políticos.

Outro lado

O ministro Marcelo Álvaro Antônio, procurado por VEJA, afirmou que “a distribuição do Fundo Partidário do PSL em Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei” e que ele não pode “ser responsabilizado pela contratação de prestadores de serviços em campanhas de outros candidatos”.

Marcelo Álvaro também é crítico da relação entre os valores gastos e os votos obtidos por cada candidato como indicativo de ilegalidades. “Se existisse qualquer relação entre gasto na campanha e votos, o presidente Jair Bolsonaro, que gastou vinte vezes menos que o outro candidato, não teria sido eleito”, afirmou.

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