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Investigado por ‘laranjas’, ministro não vê razão para se afastar do cargo

Marcelo Álvaro Antônio, titular do Turismo, presidiu o diretório do PSL em Minas Gerais durante as eleições de 2018

Por Da Redação
Atualizado em 20 mar 2019, 19h44 - Publicado em 20 mar 2019, 16h11

O ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio afirmou na manhã desta quarta-feira, 20, que não vê razão para se afastar do cargo, mesmo tendo sido citado em uma investigação que apura “candidatas laranjas” do PSL de Minas Gerais, diretório que foi presidido por ele durante o pleito de 2018.

“Tenho a consciência absolutamente tranquila. Nunca agi fora da legislação eleitoral e nunca orientei qualquer pessoa que o fizesse. Se tenho a minha consciência tranquila, e vou comprovar isso no inquérito da Polícia Federal e do Ministério Público, que vão apurar minha total idoneidade e inocência, então não tem porque me afastar”, disse a jornalistas, depois de participar de evento em São Paulo.

Próximo ao presidente Jair Bolsonaro, também filiado ao PSL, o ministro está obtendo do governo um tratamento diferente do que foi dispensado ao advogado Gustavo Bebianno, então ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Bebianno, que foi presidente nacional do partido durante o pleito, foi demitido poucos dias depois de ter sido citado em reportagens sobre repasses a candidatas em situação semelhante em Pernambuco.

O afastamento do titular do Turismo já foi defendido até dentro do próprio PSL. Em entrevista a VEJA, a deputada estadual de São Paulo Janaína Paschoal (PSL), autora do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foi uma das que argumentaram em favor dessa tese. “Não sei se ele tem culpa, mas entendo que deveria ser afastado. Para o direito penal, vale o princípio da inocência até que se prove o contrário. Para a gestão pública, não temos de trabalhar com essa mentalidade. É preciso preservar a gestão pública.”

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Investigação

A Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais investiga se quatro candidatas inscritas pelo partido, ao qual também pertence Bolsonaro, foram utilizadas como “laranjas” para desviar dinheiro público do Fundo Eleitoral. Apesar de terem obtido baixíssimas votações, entre 196 e 885 votos, as candidatas receberam entre 60.000 e 72.000 reais do PSL.

A combinação de baixas votações com repasses volumosos são características típicas de candidaturas chamadas de “laranjas”, aquelas que não têm objetivo real de buscar uma vitória eleitoral e são apresentadas apenas para objetivos partidários escusos, como, por exemplo, cumprir a cota mínima de mulheres candidatas ou simular doações fraudulentas de partidos políticos.

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Em nota, o ministro afirmou, em nota, que “a distribuição do Fundo Partidário do PSL em Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei” e que ele não pode “ser responsabilizado pela contratação de prestadores de serviços em campanhas de outros candidatos”.

O ministro é investigado por suspeita de ter patrocinado um esquema de candidaturas-laranja durante a eleição de 2018, na qual o PSL teria direcionado verbas de fundo eleitoral para quatro candidatas que acabaram gastando o dinheiro com empresas de pessoas ligadas ao próprio ministro.

(Com Estadão Conteúdo)

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