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PF cumpre mandados de busca em escritório de advogado de Adélio Bispo

O objetivo da operação é identificar quem estaria financiando a defesa do autor da facada de Jair Bolsonaro

Por Giovanna Romano 21 dez 2018, 12h20
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  • A Polícia Federal de Minas Gerais (PF-MG) cumpre, nesta sexta-feira 21, dois mandados judiciais de busca e apreensão em dois imóveis relacionados a Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado de Adélio Bispo de Oliveira, que confessou ser o autor da facada que atingiu o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ainda durante a campanha presidencial.

    Um dos imóveis abriga um hotel e uma locadora de veículos, além funcionar como escritório e residência do advogado. O outro é a sede de uma empresa. O objetivo da operação é identificar quem estaria financiando a defesa do autor da agressão, que ocorreu em 6 de setembro deste ano em um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

    Como mostrou reportagem de VEJA, o criminalista, coordenador da defesa de Adélio Bispo, afirmou para a Polícia Federal que, logo após o atentado contra Bolsonaro, foi procurado por um desconhecido para atuar no caso: “Aquela pessoa se apresentou como conhecido de Adélio Bispo da cidade de Montes Claros, esclarecendo que conheceu o autor do fato criminoso em relacionamentos vividos no meio religioso naquela cidade”.

    Zanone contou que se reuniu com o desconhecido em seu escritório em Belo Horizonte, Minas Gerais, na manhã seguinte ao atentado, em 7 de setembro. Naquele encontro, o advogado disse que cobrava, em média, 150 000 reais em honorários. Mas o contratante achou o valor alto. O criminalista, então, topou dar um desconto de 83% — e receber 25 000 reais até a conclusão da investigação da Polícia Federal.

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    O presidente eleito participava de um ato de campanha, em um município de Minas Gerais, quando recebeu uma facada. O momento da agressão foi gravado por câmeras que filmavam Bolsonaro na campanha e Adélio Bispo foi preso em flagrante, confessando a autoria do crime.

    Adélio Bispo foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, descrito no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional. A PF, no primeiro inquérito, concluiu que o agressor agiu sozinho e o próprio autor afirmou que o crime foi cometido por “divergências políticas”.

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