O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), preso na manhã desta quinta-feira ficará na Sala de Estado maior em uma unidade prisional da Polícia Militar em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio, informou o delegado da Polícia Federal Alexandre Bessa, responsável pela investigação.
De acordo com o delegado da PF, a legislação determina a prisão de determinadas autoridades, como o governador, em salas e não em celas comuns. Pezão será encaminhado para a unidade prisional após prestar depoimento na sede da Superintendência da PF no Rio.
O político do MDB foi alvo de delação premiada de Carlos Miranda, suspeito de ser operador financeiro de esquemas de seu antecessor, Sergio Cabral, de quem foi vice-governador. O delator acusou Pezão de receber mesadas de 150 mil reais entre 2007 a 2014, na época em que Pezão, então vice, era secretário de obras do governo estadual.
De acordo com a PGR, os valores somariam mais de 25 milhões de reais no período, enquanto durou o mandato do ex-governador, preso desde novembro de 2016 — atualizado, o montante chega a 39 milhões. Os repasses, segundo a delação, continuaram quando Cabral passou o comando do estado a Pezão.
Além do governador, oito pessoas são alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro Felix Fischer, que também determinou o sequestro de bens até o limite do montante identificado pelo MPF e buscas e apreensões em endereços ligados a 11 pessoas físicas e jurídicas.
(Com Estadão Conteúdo)