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Pesquisa mostra por que os rostos da terceira via não empolgam

Levantamento encomendado pelo DEM captou os ânimos do eleitorado sobre os nomes que estão na vitrine política. De Ciro a Moro, não sobraram críticas

Por Rafael Moraes Moura Atualizado em 30 ago 2021, 12h42 - Publicado em 29 ago 2021, 09h49

Se depender de Jair Bolsonaro (ainda sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as eleições do próximo ano vão reprisar o “duelo da insensatez” que marcou o pleito de 2018. Na última campanha à Presidência da República, o Brasil se viu refém da polarização política entre o discurso beligerante do capitão reformado e a ruína ética e moral do Partido dos Trabalhadores, que tentava (e ainda tenta) se reerguer após protagonizar os escândalos do mensalão e do petrolão. De lá pra cá, um cenário que parecia promissor para a reeleição do atual chefe do Executivo se tornou nebuloso, com o agravamento da pandemia e a resposta desastrosa do governo no combate à Covid. Enquanto o petista e o presidente aparecem no topo de pesquisas de intenção de voto, mas com alta taxa de rejeição, um outro candidato — sem rosto, nem nome definidos, por ora — surge bem posicionado, com um potencial para bagunçar as cartas de uma disputa que alguns consideram já definida.

O desafio lançado para essa terceira via é o de superar o cenário de fragmentação política, costurar alianças sólidas a nível federal e estadual, ganhar apoio do mercado e da classe média, mobilizar as redes sociais e atrair um número considerável de eleitores que não aguentam mais a perniciosa polarização PT-Bolsonaro. Apesar da bomba-relógio, dá tempo de dar cara e corpo a esse candidato que ainda não saiu do papel, segundo especialistas ouvidos por VEJA.  “Existe uma fadiga de material, uma rejeição em relação às duas candidaturas (Lula e Bolsonaro). Isso nos mostra um caminho de centro, que possa sinalizar para a pacificação do país. A dificuldade é os partidos quererem lançar um candidato”, diz o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que está empenhado em lançar o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Planalto. “Não acredito em candidatura de proveta. Quem vai fazer a consolidação de uma candidatura é o eleitor, a sociedade”, observa Kassab.

Até o momento, dez políticos já se lançaram, foram lançados ou tiveram os nomes ventilados à disputa pela Presidência da República para preencher o vasto espectro político que existe entre Lula e Bolsonaro. O ex-ministro e eterno candidato Ciro Gomes (PDT) lidera o pelotão de “nem Lula, nem Bolsonaro”, que inclui os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que disputam as prévias do PSDB, ao lado do senador Tasso Jereissati (CE) e do ex-prefeito Arthur Virgílio (AM); o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG); o ex-juiz federal Sérgio Moro; o apresentador José Luiz Datena; e a senadora Simone Tebet (MDB-MS). A loteria de presidenciáveis, ao que tudo indica, ainda não acabou.

Uma pesquisa qualitativa, encomendada pelo DEM, captou os ânimos do eleitorado sobre os principais nomes que estão na vitrine política. Veja as críticas que os entrevistados fizeram a cada um deles. Os comentários foram coletados em maio, antes de o apresentador Luciano Huck informar que não vai disputar o Planalto:

 

Ciro Gomes

“Descontrolado”

“Explosivo”

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“Sem equilíbrio emocional”

“Bolsonaro de esquerda”

“Populista, demagogo, igual ao Lula”

“Lavou as mãos no segundo turno. Não se posicionou. Foi para Paris”

 

Eduardo Leite

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“Desconhecido”

“Muito jovem/verde. Não tem maturidade”

“País preconceituoso: não será respeitado”

“Cara da riqueza. Guri de vó”

 

João Doria

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“Inspira desconfiança”

“Falso/sonso”

“Dissimulado”

“Muito político. Produto de marketing”

“Oportunista/esperto”

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“Ambicioso”

 

Luciano Huck*

“Sem experiência política”

“Sem bagagem para a presidência”

“Candidato da Globo”

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“Sensacionalista”

“Milionário/playboy”

*Já anunciou que não vai disputar a Presidência da República

 

Luiza Trajano

“Inexperiente na política”

“Falta de familiaridade”

“Pouco conhecimento”

“Empresária: não vai olhar para os pobres”

 

Mandetta

“Dúvida: entende de outras áreas, como economia?”

“Apoiou Bolsonaro”

“Traidor. Duas caras”

“Quis aparecer mais que o presidente”

Hipócrita

 

Sergio Moro

“Se perdeu no caminho”

“Se queimou”

“Traidor. Judas”

“Agiu por interesse próprio. Oportunista”

“Arrogante/ Prepotente”

“Colocou Bolsonaro no poder”

 

Tasso Jereissati

“Nome antigo”

“Política velha”

“Coronel”

“Reduzida familiaridade”

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