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Pesquisa: 72,7% reprovam indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada

Levantamento CNT/MDA aponta que, para os entrevistados, presidente não deveria nomear membros de sua família para cargos deste tipo

Por André Siqueira 26 ago 2019, 16h23

A intenção do presidente Jair Bolsonaro de indicar o seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao posto de embaixador do Brasil em Washington (EUA) é reprovada por 72,7% dos brasileiros, de acordo com a pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira, 26. Para eles, é inadequada a indicação, pois o chefe do Poder Executivo não deveria nomear membros de sua família para cargos deste tipo.

O percentual de pessoas que aprovam a indicação de Eduardo para a embaixada é de 21,8%, com a justificativa de que o presidente tem a prerrogativa de indicar qualquer pessoa para esse cargo. Outros 5,5% não souberam ou não quiseram responder.

Ao responder a pergunta sobre quais foram as piores ações do presidente nesse início de mandato, 24,4% dos entrevistados aprontaram a liberdade dada pelo presidente a seus filhos para se intrometerem em assuntos de governo – ficou em quarto lugar, atrás apenas da flexibilização do posse e porte de armas (39,1%), do uso de palavras ofensivas e comentários inadequados (30,6%) e do contigenciamento de verbas da educçaão (28,2%).

A pesquisa também constatou que 53,7% reprovam o desempenho pessoal do presidente (41% aprovam e 5,3% não souberam ou não responderam). Indagados sobre a avaliação do governo, apenas 6% classificaram o desempenho como ótimo – 26% classificaram como bom, 35,4%, regular, 11,2%, ruim, e 15,5%, péssimo.

Reportagem de capa de VEJA desta semana traz um levantamento exclusivo, encomendado ao Instituto FSB, que revela o que o brasileiro pensa sobre o governo Bolsonaro. A maioria da população gosta e confia no presidente, mas reprova o excesso de propostas polêmicas e o grande número de caneladas verbais.

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Relação com o Congresso

A pesquisa CNT/MDA também avalia a relação de Bolsonaro com o Congresso Nacional. Na opinião de 55,6% dos entrevistados, o presidente não consegue se “articular politicamente” para aprovar projetos do interesse de sua administração. A condução política do pesselista é aprovada por 31,6%, enquanto outros 12,8% não souberam ou não responderam.

Foram realizadas 2.002 entrevistas, entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios de 25 estados. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais.

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