Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Prorrogamos a Black: VEJA por apenas 5,99

Pena de Bolsonaro vai cair para dois anos? Os efeitos da aprovação de projeto da Câmara

O texto agora será analisado pelos senadores. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, já avisou que pretende dar celeridade

Por Redação 10 dez 2025, 07h32 • Atualizado em 10 dez 2025, 07h45
  • A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira, 10, o PL da Dosimetria, projeto que reduz penas aplicadas a condenados pelos crimes relacionados ao 8 de Janeiro. O texto — aprovado por 291 votos a 148 — interessa diretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e outros delitos.

    Segundo o relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), a pena do ex-presidente pode cair para pouco mais de dois anos. O projeto segue agora para o Senado.

    O que muda com o PL da Dosimetria?

    A proposta nasceu como um texto de anistia ampla, mas foi alterada pelo relator após resistência na Câmara. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressaltou que o texto final não trata de perdão, e sim de redução de penas:

    “Esse projeto não tratará de anistia, mas sim de uma possibilidade de redução de penas para essas pessoas condenadas pelo ato de 8 de janeiro.”

    O ponto central do PL determina que os crimes de golpe de Estado e de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito não podem ser somados. Hoje, eles são cumulativos — e foi essa soma que levou à pena elevada de Bolsonaro.

    Se cair a condenação pelo crime de tentativa de golpe — cuja pena máxima legal é de 12 anos — a redução total na condenação do ex-presidente pode chegar exatamente a esse patamar.

    Continua após a publicidade

    Como fica a situação de Bolsonaro?

    Com a nova regra, a pena do ex-presidente pode sofrer um corte expressivo, abrindo caminho para progressão mais rápida de regime.

    Pelas contas apresentadas por Paulinho da Força, se a pena final for reduzida para algo em torno de nove anos, Bolsonaro poderá requerer regime semiaberto após cumprir 25% da pena, caso a Justiça entenda que os crimes ocorreram sem violência ou grave ameaça — o que levaria à progressão em aproximadamente 2 anos e 3 meses.

    A projeção contrasta com o cálculo feito pela Vara de Execuções Penais de Brasília na semana passada, que estimava que o ex-presidente só poderia evoluir de regime em 2033.

    Mesmo sem a anistia desejada por parte de sua base, Bolsonaro autorizou a bancada do PL a votar a favor do projeto. A sinalização foi tornada pública pelo líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

    Continua após a publicidade

    Mudança na aplicação das penas

    Como explica o colunista Robson Bonin em Radar, o projeto da Dosimetria força uma mudança de entendimento no Supremo sobre a aplicação das penas a quem cometeu os crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes da Primeira Turma da Corte vinha interpretando que as penas previstas para os dois delitos deveriam ser somadas na conta final do tempo de cadeia dos réus.

    Com a aprovação do texto, a Câmara acaba com a possibilidade de soma das pernas e estabelece a regra do “concurso formal de crimes”, pela qual a pena do crime mais grave é aplicada no julgamento, com acréscimo de um sexto até a metade.

    A mudança será maior para condenados pelos ataques de 8 de janeiro — muitos serão colocados em liberdade –, que já cumprem pena e terão redução significativa. É que o texto também estabelece a progressão de regime prisional a partir do cumprimento de um sexto da pena e não mais de um quarto da pena.

    A batalha no Senado

    O texto agora será analisado pelos senadores. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), já avisou que pretende dar celeridade:

    Continua após a publicidade

    “Tão logo o projeto fosse aprovado pela Câmara, seria pautado também no Senado.”

    Alcolumbre argumenta que o país precisa “modernizar a legislação” e corrigir lacunas da lei dos crimes contra o Estado Democrático de Direito — aprovada em 2021.

    A aprovação, porém, promete mobilizar tanto governistas quanto oposicionistas. O tema é sensível e pode redefinir o horizonte jurídico — e político — do maior condenado do 8 de Janeiro.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Digital Completo

    A notícia em tempo real na palma da sua mão!
    Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
    De: R$ 55,90/mês
    A partir de R$ 29,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.