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PCC ameaça com ‘Copa do Mundo do terror’; PM está em alerta

Facção promete reagir caso a cúpula seja transferida para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na cadeia. Promotor relata ameaça ao Exército

Por Da Redação
15 out 2013, 08h49

Escutas recentes operadas pela inteligência policial revelam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) planeja novos ataques caso a cúpula da facção criminosa seja transferida para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Diante do planejamento do bando, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, pôs a corporação em estado de alerta. E as ameaças da facção não param por ai. Em 2014, os bandidos prometem uma “Copa do Mundo do terror” e ataques durante as eleições.

Os planos dos criminosos foram interceptados em telefonemas recentes flagrados pela polícia. Os bandidos afirmam que vão fazer uma greve branca nos presídios se a liderança do PCC for transferida para o RDD. Também dizem que, em caso de reação do governo paulista à greve, criminosos nas ruas vão atacar. “Passei uma mensagem aos meus homens para que eles redobrem a atenção no atendimento das ocorrências, quando estacionam os carros e no caminho para casa”, afirmou Meira. Em 2012, depois de a facção ordenar ataques a policiais, 106 PMs foram assassinados.

As novas ordens do crime surgiram depois de a defesa de criminosos como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, o chefão do PCC, ter acesso aos detalhes da megainvestigação realizada por três anos contra o crime organizado. Grande parte do mapeamento das ações do PCC foi feito com a colaboração de PMs.

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As orientações saíram por meio de telefonemas dados pelos líderes que estão na Penitenciária II de Presidente Venceslau, no oeste paulista. “O clima é muito tenso na região. Eles estão transmitindo as ordens pelos celulares porque querem que a gente saiba”, afirmou um dos 23 promotores dos Grupos de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) do estado que assinaram a denúncia contra os 175 acusados de pertencem à organização criminosa.

A inteligência policial verificou também que o bando tomou precauções para o caso de toda a cúpula ser isolada no RDD de Presidente Bernardes. Marcola e os demais integrantes da “Sintonia Final Geral”, cúpula da facção, escolheram substitutos que devem assumir os negócios da organização criminosa. Tudo isso para que o tráfico de drogas não seja prejudicado.

Durante a greve branca, os líderes do PCC querem impedir a inclusão de novos detentos na cadeia. Pretendem se recusar a serem fechados nas celas, ficando livres nos pátios. Também paralisariam o trabalho nas prisões onde existem oficiais. Em caso de intervenção do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ou da Tropa de Choque da PM, os detentos da facção pretendem começar atentados nas ruas. De acordo com a inteligência policial, funcionários dos presídios também foram informados por presidiários sobre as supostas intenções da facção. O conteúdo dessas novas escutas não faz parte da denúncia apresentada pelos promotores.

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As ameaças do crime organizado contra o estado surgem no momento em que o Poder Judiciário analisa dois recursos apresentados pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra as decisões de juízes que negaram a transferência da cúpula da facção para o RDD e a decretação da prisão de todos os 175 acusados – dezesseis deles tiveram a denúncia rejeitada.

Forças Armadas – Na semana passada, um dos promotores do caso relatou no Gabinete de Gestão Integrada (GGI), no Comando Militar do Sudeste, do Exército, a ameaça feita pelo PCC para os eventos de 2014. A expansão das atividades da facção criaria novos riscos. “A facção sabe que teremos muitos turistas aqui durante a Copa”, afirmou o promotor.

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(Com Estadão Conteúdo)

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