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‘Patriotas’ concentram principal foco de preocupação para a posse de Lula

Equipes de segurança trabalham para fechar o cerco e evitar que manifestantes em frente ao QG do Exército cheguem à Esplanada

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 dez 2022, 19h26

Os dois atos extremistas protagonizados em dezembro mudaram o foco de preocupação que costuma ser adotado durante os grandes eventos e fizeram a capital do país elevar o aparato de segurança para um nível de atenção máxima para a posse presidencial de Lula, neste domingo, 1º.

Neste mês, manifestantes que se identificaram como apoiadores do presidente Jair Bolsonaro incendiaram veículos, depredaram placas e pontos de ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal. Houve ainda uma tentativa de atentado a bomba em um caminhão-tanque que iria esvaziar o combustível dentro de um posto de gasolina localizado no aeroporto de Brasília – um ato classificado como terrorista pelas autoridades locais.

As investigações apontaram que os participantes dos atos ocuparam ou frequentaram o acampamento montado nas proximidades do Quartel-General do Exército de Brasília. O agrupamento teve início após o segundo turno das eleições, em 30 de outubro, quando Bolsonaro foi derrotado por Lula. No local, apoiadores do presidente rechaçam a vitória do petista e cobram uma intervenção militar de modo a garantir a permanência do capitão por mais quatro anos no comando do país.

Integrantes da Polícia Federal reclamaram do que consideraram ser uma complacência do Exército e do Governo do Distrito Federal diante do movimento golpista que se arrasta há dois meses. Nos últimos dias, houve até a ameaça de retirada do grupo à força, mas, na prática, nada aconteceu. Com esse cenário, a solução foi criar um cerco para evitar que os “patriotas”, como os manifestantes ficaram conhecidos, desçam até a Esplanada dos Ministérios no domingo.

“A ideia é isolar a área. Eles não vão poder se aproximar”, diz uma graduada autoridade que acompanha os preparativos para o evento. Assim, diz, se houver apoiadores do presidente durante a posse, eles não estarão em bando, e sim em menor quantidade. “Aí seriam alguns poucos em meio a 100 000. Vão apanhar”, acrescenta, dando o tom do nível de animosidade.

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As equipes de segurança também vão monitorar a eventual chegada de ônibus e caravanas formadas por apoiadores de Bolsonaro e ainda apostam nos centros de monitoramento de câmeras para fiscalizar as imediações da capital e evitar distúrbios nos arredores da cidade.

A Polícia Federal destacou um contingente de mais de mil homens, o maior de todas as cerimônias de posse, as polícias civil e militar do Distrito Federal estarão com todo o efetivo de 8.000 agentes de prontidão, e o governo Bolsonaro autorizou, na véspera, o uso da Força Nacional no evento. Além disso, a pedido do próximo ministro da Justiça, Flávio Dino, está proibido o porte de armas em todo o Distrito Federal até o dia 2 de janeiro.

“Quando se trata de segurança, há sempre uma preocupação de 100%. Não existe uma segurança plena em nenhum lugar”, disse um militar próximo a Lula que acompanha os preparativos do evento.

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