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Os recados que Fachin vai dar no discurso de posse no TSE

Novo presidente da Corte vai pregar tolerância, condenar violência política e sair em defesa de servidores da Justiça Eleitoral

Por Rafael Moraes Moura 22 fev 2022, 13h23

Em meio ao recrudescimento dos ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas, o ministro Edson Fachin assume nesta terça-feira, 22, o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um discurso repleto de recados em defesa da democracia, da lisura do processo eleitoral e dos servidores que integram a Justiça Eleitoral — e estão envolvidos no processo de organização do pleito. VEJA apurou que Fachin vai pregar para que prevaleça “o clima de paz e tolerância” na esfera pública, além de destacar o diálogo entre os poderes e defender o combate a formas violentas de expressão política. O ministro vai, aliás, aproveitar o discurso de posse para reprimir “todas as formas de violência política”.

Fachin já havia antecipado o tom da sua presidência, em entrevista a VEJA na semana passada, quando afirmou que as falas de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas promovem “desinformação”, o que equivale à “mentira política”. O chefe do Executivo chegou a dizer em uma entrevista recente que o sistema eleitoral “não é de confiança de todos”. “Afirmações como essas participam do quadro clássico da desinformação e equivalem, moralmente, às formas mais explícitas de mentira política”, criticou o novo presidente do TSE na ocasião. O atual ocupante do Planalto, por sinal, não deverá prestigiar a cerimônia virtual, que começa às 19h.

O ministro vai presidir o TSE na esteira do desgaste provocado por um longo questionário de perguntas formulada pelo Exército, que quis saber mais detalhes sobre todas as etapas do processo das eleições. As perguntas, reveladas por VEJA, foram usadas por Bolsonaro como munição para atacar a Justiça Eleitoral. Fachin também sofreu um desfalque na equipe. Na semana passada, o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo anunciou que desistiu de assumir o cargo de diretor-geral do TSE, sob a alegação de que enfrentava questões pessoais e de saúde. O plano original era que Azevedo fosse para a direção-geral do TSE, um posto-chave do tribunal responsável por cuidar de questões administrativas e tecnológicas, como as urnas. A ida do general serviria para blindar o TSE e neutralizar o discurso beligerante de Bolsonaro contra a lisura das eleições.

Em meados de agosto, Fachin passa o bastão para Alexandre de Moraes. Os dois são as duas pedras no sapato de Bolsonaro no TSE. Para 2022, o tribunal se prepara para o maior desafio e história: garantir a realização de eleições eficientes e seguras, se blindando dos ataques de Bolsonaro e aliados — e garantindo que o resultado seja reconhecido, não importa quem vença.

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