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Os padrinhos do ‘candidato petista’ à sucessão de Augusto Aras

Antônio Carlos Bigonha é o principal concorrente de Paulo Gonet Branco, favorito de ministros do Supremo

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 set 2023, 14h51
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  • Embora o nome do subprocurador-geral Paulo Gonet Branco tenha ampla simpatia de setores do Supremo Tribunal Federal (STF) para substituir o procurador-geral da República Augusto Aras, cujo mandato termina em  duas semanas, o também subprocurador Antônio Carlos Bigonha é o nome mais lembrado entre petistas para assumir a chefia do Ministério Público da União. Para se viabilizar junto ao presidente Lula, ele conta com padrinhos de peso.

    Na lista de simpatizantes do nome de Bigonha estão o ex-todo-poderoso ministro da Casa Civil José Dirceu, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o advogado eleitoral de Lula Eugênio Aragão e nacos do Prerrogativas, grupo de advogados críticos à Lava-Jato e que se apresentou como ponta de lança no enfrentamento aos métodos da investigação.

    Interlocutores do Ministério Público consultados por VEJA colocam em dúvida o suposto favoritismo de Gonet, opção de preferência dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por considerarem que nomear um nome alinhado aos dois magistrados seria os empoderar em demasia.

    Depois de bater de frente com Rodrigo Janot, ex-PGR que comandou a fase áurea do MP durante a Lava-Jato e o denunciou, ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff e de grande parte da cúpula petista por organização criminosa, Lula, dizem observadores da instituição, quer  escolher um nome em quem possa confiar. É neste contexto que Bigonha e a simpatia de padrinhos de peso podem fazer a diferença.

    O posto de procurador-geral é um termômetro capaz de indicar prováveis percalços do governo de turno e de parlamentares em brigas judiciais, já que o cargo tem entre suas atribuições questionar a constitucionalidade de leis, propor investigações, processos e prisões contra grandes autoridades, como deputados, senadores e ministros de Estado, e – a mais delicada das incumbências – denunciar em ação penal aquele que o indicou, o presidente da República.

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