Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Os gargalos que levaram a bancada evangélica a uma ‘quase eleição’

Em arranjo final, deputados concordaram em presidir o bloco religioso mais influente do Congresso por seis meses alternativamente

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 fev 2023, 13h34 - Publicado em 11 fev 2023, 13h08

A polarização das eleições presidenciais tomou de assalto a frente parlamentar evangélica, o mais articulado bloco religioso do Congresso. De um lado, deputados que consideram que isolar-se em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva equivaleria a reduzir o poder de influência – e barganha – junto ao novo governo. De outro, congressistas que acreditam que a ascensão do PT é o momento ideal para reforçar trincheiras contra o avanço da pauta progressista e voltar-se à defesa da discussão de costumes. O aceno – discreto ou escancarado – de integrantes da frente ao Palácio do Planalto, no entanto, é apenas o ponto mais evidente de uma briga de bastidores que por pouco não levou o grupo à primeira disputa direta para a escolha de seu presidente desde que a frente foi criada, em 2003.

Por trás da acusação de fraude eleitoral na primeira tentativa de eleição – no dia 2 houve oito votos a mais do que a quantidade de parlamentares que assinaram a lista de votantes, e o pleito foi anulado – estão disputa de poder, acusações de negociações de cargos e até incômodas lembranças de acusações de rachadinha. Três nomes chegaram à reta final como candidatos: os deputados Silas Câmara (Republicanos-AM) e Eli Borges (PL-TO) e o senador Carlos Viana (Podemos-MG). Na disputa por votos, Câmara, por exemplo, era lembrado por desafetos como aquele que teve de confessar recolher parte dos salários de funcionários para se livrar de uma condenação por peculato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na lista em que adversários apontam os supostos negociadores de cargos estão Cezinha de Madureira, que liderou a bancada em 2021, e o próprio Silas Câmara. Ao final acabou prevalecendo um acordo para que Câmara fique à frente do grupo por um semestre e Eli Borges por outro. “A polarização das eleições está se refletindo na frente e é o momento de ela buscar conciliação política entre os cristãos evangélicos”, disse a VEJA o senador Carlos Viana, que abriu mão de disputar o cargo na véspera e articula uma frente específica no Senado com até 14 senadores.

Em um sinal de que a polarização Lula vs Bolsonaro continuará permeando o grupo – mesmo com o consenso de última hora na eleição para presidente – três novos integrantes do Congresso e da frente parlamentar evangélica estão com a justiça em seus calcanhares sob a acusação de incentivarem os atos golpistas de 8 de janeiro. Clarissa Tércio (Progressistas-PE), Sílvia Waiãpi (PL-AP) e André Fernandes (PL-CE) estrearam a vida parlamentar respondendo a inquéritos no Supremo abertos por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.