Os argumentos de Freixo para sobreviver à reforma e ficar na Embratur
Presidente do órgão vinculado ao Ministério do Turismo se diz da cota de Lula e que a agência tem baixa capilaridade eleitoral
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, tem engatilhada uma série de argumentos para que não seja alcançado em uma eventual mudança no Ministério do Turismo, órgão ao qual a agência está vinculada.
Sob o comando de Daniela Carneiro, a pasta do Turismo pode sofrer mudanças nos próximos dias para ampliar o espaço do União Brasil, partido do qual Daniela pediu desfiliação, no governo Lula.
Lideranças do União reclamam de não ter o domínio do ministério como um todo e defendem que haja também trocas na Embratur para indicar um nome de preferência da legenda – Freixo está filiado ao PT.
Na tarde de terça-feira, 13, o presidente da Embratur foi convidado a ter uma conversa com o líder do União Brasil na Câmara, o deputado Elmar Nascimento. O encontro deve acontecer nos próximos dias.
Em conversas recentes, o ex-deputado federal afirma que ainda há muito desconhecimento sobre o alcance da Embratur, agência cujo objetivo é a implementação de planos para a promoção comercial e de destinos turísticos brasileiros no exterior. Dessa maneira, portanto, a empresa não tem nenhuma vinculação orçamentária com o ministério, não recebe emendas parlamentares e tampouco tem, em sua visão, impacto eleitoral.
Ele ressalta ainda que, historicamente, a agência de promoção brasileira não é mantida pelo mesmo grupo político do ministério e que a Embratur não é da cota do prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, marido de Daniela Carneiro.
Nas conversas, ele diz que foi convidado para a agência pelo próprio presidente Lula e que, portanto, não há nenhuma crise interna que o atinja. Resta, agora, saber se os argumentos vão convencer os caciques do União Brasil.