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O trunfo que Lula deve usar no encontro com Trump

Governo tenta evitar embate ideológico entre dois líderes com visões opostas de mundo

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Marcela Rahal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 out 2025, 17h11 • Atualizado em 21 out 2025, 17h11
  • O governo brasileiro confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se encontrar com o presidente Donald Trump durante a viagem à Malásia, onde ambos participarão de uma conferência internacional. Segundo apurou o colunista Robson Bonin, de Radar, em participação no programa Ponto de Vista, de VEJA, a reunião bilateral está “apalavrada”, mas depende da estabilidade do cenário geopolítico nos próximos dias.

    “As fontes do Planalto dizem que a única chance de o encontro não acontecer é se algo inesperado — como a escalada no Oriente Médio ou novas tensões na América Latina — atrapalhar os planos”, relatou Bonin.

    O encontro, se confirmado, marcará um novo capítulo na relação entre Lula e Trump, dois líderes com trajetórias e discursos antagônicos, mas que ensaiam um diálogo pragmático centrado em comércio e tecnologia, deixando a ideologia em segundo plano.

    Da diplomacia fria ao pragmatismo comercial

    Fontes do Itamaraty afirmam que o objetivo é “manter a conversa no campo econômico”, evitando temas políticos que tradicionalmente afastam Brasília e Washington.

    Entre os principais tópicos da reunião estão: exploração e fornecimento de terras raras, minerais estratégicos usados em chips, baterias e equipamentos de alta tecnologia; parcerias em infraestrutura digital, com foco em data centers e segurança cibernética; acordos energéticos, especialmente sobre etanol, área em que Brasil e Estados Unidos são líderes globais.

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    “Os Estados Unidos enfrentam gargalos sérios por falta de terras raras, e o Brasil tem uma das maiores reservas do mundo fora da China. Há um forte interesse americano em garantir esse fornecimento”, explicou Bonin. As terras raras seriam o trunfo de Lula a ser usado na conversa.

    Segundo ele, o Brasil quer aproveitar o momento para atrair investimentos e reduzir dependências tecnológicas, ao mesmo tempo em que tenta evitar atritos políticos com Washington.

    O fantasma da desdolarização

    Apesar da pauta técnica, o encontro pode ganhar tons de tensão. Trump tem enviado recados públicos sobre sua insatisfação com a agenda do BRICS, grupo do qual Lula é um dos articuladores mais ativos.

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    “Quando Trump critica a ideia de uma moeda alternativa ao dólar, ele está falando diretamente com Lula, que é o principal garoto-propaganda da desdolarização”, lembrou Bonin.

    Essa divergência simbólica — a defesa de um mundo multipolar por Lula contra o isolacionismo protecionista de Trump — adiciona uma camada de complexidade ao diálogo.

    A nova fase de uma relação cautelosa

    A diplomacia brasileira quer evitar que a reunião se transforme em um embate pessoal ou ideológico. Segundo Bonin, o Planalto orientou a comitiva a concentrar a agenda em temas de “interesse comum e resultados concretos”, sem provocações sobre clima, democracia ou direitos humanos — temas em que os dois líderes raramente convergem.

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    “É uma relação que está se reabrindo com elogios de ambos os lados, mas todo mundo está com o pé atrás. Ninguém sabe como será o contato direto, olho no olho, entre Lula e Trump”, disse o colunista.

    O encontro, se confirmado, pode redefinir a forma como o Brasil se posiciona entre Estados Unidos e China, duas potências cada vez mais em disputa. Para Lula, é uma oportunidade de se reposicionar internacionalmente como mediador e parceiro

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