O pedido de Trump a Lula sobre Maduro, e o ponto ‘altamente improvável’ na versão oficial da conversa
Telefonema entre os presidentes teve como tema central a crise venezuelana — e não a cooperação contra o crime, como afirmou o Planalto
A versão divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência sobre o telefonema entre Lula e Donald Trump não corresponde ao que, segundo apuração da coluna Radar, de VEJA, realmente ocorreu na conversa. Oficialmente, o Planalto afirmou que Lula tomou a iniciativa da chamada, feita enquanto visitava a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e que o foco teria sido a cooperação entre Brasil e Estados Unidos no combate ao crime organizado. Fontes ouvidas por Nicholas Shores, repórter do Radar, contestam todos esses pontos, como afirmou no programa Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal (este texto é um resumo do vídeo acima).
Iniciativa partiu de Trump — e o tema foi Venezuela
De acordo com interlocutores envolvidos na apuração, é “altamente improvável” que um presidente brasileiro interrompa uma agenda oficial fora de Brasília para telefonar espontaneamente ao mandatário dos Estados Unidos — ainda mais levando consigo intérprete e aparato diplomático completo. A leitura é simples: foi Trump quem ligou para Lula.
E o assunto principal não foi segurança pública, mas sim o destino de Nicolás Maduro.
O pedido dos EUA: passagem segura pelo Brasil
Segundo Shores, Trump apresentou a Lula uma proposta direta: o Brasil garantir passagem segura para Maduro, sua família e seu círculo político próximo, caso o venezuelano renunciasse ao poder.
O trajeto mais provável seria pela fronteira de Pacaraima, em Roraima. A partir do Brasil, Maduro poderia permanecer no país ou seguir para um de seus poucos aliados internacionais, como o Irã.
O que estaria na mesa em troca
Se Lula aceitasse participar desse arranjo, Trump colocaria à disposição o que Brasília mais deseja hoje:
- Revogação total das tarifas.
- Revisão das sanções contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF que tiveram vistos diplomáticos cancelados e, em alguns casos, restrições financeiras impostas, como ocorreu com Alexandre de Moraes.
Versão oficial diverge
A nota da Secom deu destaque ao clima cordial da conversa e a temas de cooperação bilateral, mas omitiu a exigência central do governo americano: a participação do Brasil em uma operação que viabilize a saída de Maduro.
A apuração do Radar indica que Lula foi pressionado a assumir papel ativo num acordo capaz de redefinir o cenário político da Venezuela — e as relações de Brasília com Washington.
VEJA+IA: Este texto resume um trecho do programa audiovisual Ponto de Vista (confira o vídeo acima). Conteúdo produzido com auxílio de inteligência artificial e supervisão humana.
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