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O aceno petista com um cargo de ministra para Simone Tebet

Postura da senadora do MDB no debate gerou especulações sobre uma possível vaga como auxiliar de Lula no Ministério da Agricultura

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2022, 15h52 - Publicado em 30 set 2022, 15h45

Simone Tebet (MDB) passou pelo debate desta quinta-feira, 29, sem grandes arranhões à sua imagem. Em um encontro marcado por ataques preferenciais em Lula (PT) de pelo menos quatro dos sete candidatos à Presidência presentes, a senadora emedebista se destacou por manter a postura serena, não cair em provocações de adversários e por ter evitado fazer críticas mais duras ao ex-presidente. Nas ocasiões em que um respondeu a perguntas do outro, prevaleceu o tom de “debate de ideias” em detrimento de acusações ou ataques. Em mais de uma vez, a senadora pelo Mato Grosso do Sul lembrou de sua relação com o agronegócio, hoje um setor majoritariamente bolsonarista.

Não demorou para que se formasse nas redes uma série de especulações a respeito da possibilidade de ela, em caso de vitória de Lula, vir a ocupar o cargo de ministra da Agricultura– ou algum outro cargo no Planalto. É fato que nas últimas semanas o PT buscou o MDB para uma aproximação com Tebet com vistas a um eventual segundo turno. O partido tem uma ala que desde a pré-campanha declara apoio ao petista na corrida ao Planalto e a ideia seria receber o apoio da ala que ficou com Tebet e é majoritária na legenda. Nesta sexta-feira, 30, o coordenador do programa de governo da campanha e Lula, o ex-ministro Aloizio Mercadante, confirmou o aceno ao MDB, mas deixou no ar se haverá ou não um convite para que a senadora faça parte de um eventual governo petista. “É cedo pra dizer, mas o MDB certamente estará conosco no segundo turno”, disse.

Durante o debate, Lula fez uma pergunta sobre meio ambiente a Tebet, que ao invés de criticar o adversário, aproveitou o momento para ir à carga contra Bolsonaro. “Candidato Lula, nada é por acaso nessa vida. Eu acabei de falar [em uma pergunta anterior] de mudanças climáticas com o atual presidente da República e, mais uma vez, ele vem com inverdades, ele fala de questões que não conhece ou simplesmente não se importa. Quando estamos falando de meio ambiente e mudanças climáticas, estamos falando de vidas. No meu governo é desmatamento zero”, disse ela, que acrescentou que, se eleita, irá reforçar os órgãos de fiscalização do meio ambiente, hoje enfraquecidos pelo governo atual.

A senadora disse ainda que é possível conciliar o desenvolvimento do campo com a preservação ambiental e, nesse ponto, suas ideias bateram com as do candidato petista. “Nós vamos mostrar que não é meio ambiente ou agronegócio. É meio ambiente e agronegócio. É natureza e desenvolvimento. Eu sou do agro e o agro põe comida barata na mesa do brasileiro”, disse. Na réplica, Lula afirmou que um eventual governo seu proibirá “terminantemente qualquer garimpo ilegal” e que não será necessário a “nenhum cidadão do agronegócio invadir a Amazônia ou o Pantanal”. “Quando eu era presidente as pessoas queriam plantar cana no Pantanal e eu eu não deixei. Porque nós temos 30 milhões de terra degradada, de pasto degradado, que você pode plantar o que você quiser sem derrubar uma árvore e fazer uma agricultura de baixo carbono, que é o que o Brasil precisa”, disse o petista.

Em um outro, momento, contudo, o tom do diálogo foi de menos consenso, mas os dois divergiram sem descambar para a agressão. Tebet fez uma pergunta a Lula sobre gastos públicos e afirmou que os governos Lula e Bolsonaro, neste aspecto, se assemelham. Na resposta Lula disse “que a candidata Simone está sendo um pouco injusta na pergunta e nas acusações”.

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