“Nós fizemos a nossa parte”, diz Bolsonaro sobre Manaus
Ao falar com apoiadores, o presidente afirmou que a situação em Manaus é 'terrível' e voltou a defender o uso da cloroquina e a criticar a vacina
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 15, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada que a situação de caos na saúde de Manaus e no estado do Amazonas é “terrível”. Contudo, ele ressaltou que o governo federal “fez a sua parte”. “A gente está sempre fazendo o que tem que fazer, né? Problema em Manaus: terrível o problema lá, agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios”, afirmou.
Bolosonaro voltou a defender a tese do chamado “tratamento precoce” e citou mais uma vez o uso da hidroxicloroquina e da ivermectina como meios de prevenção à Covid-19, mesmo não havendo resultados científicos que comprovem isso.”O ministro da Saúde (Eduardo Pazuello) esteve lá na segunda-feira, providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce, que alguns criticam ainda”, disse.
“O médico pode receitar o tratamento precoce. Se o médico não quiser, procure outro médico. Não tem problema. Repito o tempo todo aqui: no meu prédio, mais de 200 pessoas pegaram a Covid, se trataram com cloroquina e ivermectina, ninguém foi para o hospital”, disse. E não tem efeito colateral. Alguns ficam falando: ‘Ah, a ciência’. Calma, rapaz, esses medicamentos, a hidroxicloroquina são 70 anos, não têm efeito colateral. Se não surtir efeito, não vai acontecer nada para ele”, acrescentou
Outro assunto comentado novamente por Bolsonaro foi a obrigatoriedade da vacinação — ele tem dito com frequência que não irá se vacinar e que a imunização, prevista para começar no próximo dia 20, não será obrigatória. Segundo ele, o imunizante é experimental, por isso, a obrigatoriedade seria uma “irresponsabilidade” e que, se depender dele, ela não vai acontecer.