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No vídeo, Weintraub pediu prisão de ‘vagabundos’ do STF

Em sua decisão, ministro Celso de Mello afirma que constatou "casualmente, a ocorrência de aparente prática criminosa" por parte do ministro da Educação

Por Da Redação Atualizado em 22 Maio 2020, 18h19 - Publicado em 22 Maio 2020, 17h19

Na reunião ministerial do dia 22 de abril, que teve o vídeo divulgado na tarde desta sexta-feira, 22, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pediu a prisão de “vagabundos”. Weintraub disse que o processo deveria começar “pelo STF”.

Em um trecho da reunião, Weintraub afirma que “Brasília é muito pior” do que ele poderia imaginar e que, se fosse por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF”. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando pelo STF”, afirmou.

O ministro da Educação disse também que gostaria de acabar com “essa porcaria que é Brasília”. “Isso daqui é um cancro de corrupção, de privilégio. Eu tinha uma visão extremamente negativa de Brasília. Brasília é muito pior do que eu podia imaginar”, disse.

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Em sua decisão, o ministro Celso de Mello afirmou que constatou “casualmente, a ocorrência de aparente prática criminosa, que teria sido cometida pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub”. “Havendo assistido à exibição integral do vídeo contido na ‘mídia’ digital em questão, constatei, casualmente, a ocorrência de aparente prática criminosa, que teria sido cometida pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, no curso da reunião ministerial realizada em 22/04/2020, no Palácio do Planalto, assim se pronunciou em relação aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, conforme consta da degravação integral do vídeo procedida pelo Instituto Nacional de Criminalística da
Polícia Federal”, escreveu o decano.

Decano da Corte, o ministro Celso de Mello levantou o sigilo de praticamente todo o vídeo da reunião, com supressão de trechos que tratam de política externa, como menções negativas à China. O vídeo da reunião ministerial é peça-chave no inquérito que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

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