‘Ninguém vai votar em partido’, diz Alckmin sobre eleição de 2018
Para o pré-candidato tucano, crise de representatividade partidária é global e eleitor brasileiro irá votar em pessoas na próxima disputa ao Planalto
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à Presidência da República, disse nesta segunda-feira, no evento Amarelas ao Vivo, que não tem preocupação com a crise de credibilidade envolvendo os partidos políticos, entre eles PT e PSDB, os dois protagonistas das quatro últimas eleições presidenciais.
“Ninguém vai votar em partidos, que estão fragilizados, desgastados. Os eleitores vão votar em pessoas”, afirmou. Para ele, o sistema partidário está em crise no mundo todo e citou recentes eleições na Alemanha e na Espanha, onde houve dificuldade para o eleito formar maioria parlamentar;
Ele, no entanto, defendeu que haja uma reforma política, que contemple principalmente a redução de partidos, porque o sistema brasileiro está ultrapassado. “Não há um modelo político mais falido do que o do Brasil”, disse.
Ele também desdenhou dos baixos índices que tem obtido nas últimas sondagens presidenciais – em torno de 5%, dependendo do cenário. “Pesquisa feita um ano antes da eleição mostra o passado. Os argumentos de cada candidato começam a aparecer na eleição. Essa campanha vai ser a da verdade.”
Ele afirmou, ainda, que é um candidato muito mais maduro do que o que perdeu a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006. “As coisas mudaram. O PT é um partido em frangalhos. O Lula era um mito e, agora, o mito, junto com Dilma, deixou 14 milhões de desempregados.”