Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

MPF denuncia Delcídio e mais dez por compra de Pasadena

Suspeitos são acusados de receber 17 milhões de dólares em propina para que Petrobras fechasse negócio; para procurador, ainda há 'muito a ser feito'

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h04 - Publicado em 18 dez 2017, 19h12

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, na tarde desta segunda-feira, o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e mais dez pessoas por acusações de desvios na compra da refinaria de Pasadena, localizada nos Estados Unidos, pela Petrobras em 2005. Os envolvidos são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro estimada em 17 milhões de dólares, na primeira denúncia envolvendo a polêmica negociação.

Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), a compra foi feita com superfaturamento de ao menos 50%. O caso continua em apuração e outros nomes, como o da ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-chefe da Petrobras Sérgio Gabrielli, ainda podem ser envolvidos. Ambos chegaram a pedido de bloqueio dos bens em virtude da compra de Pasadena.

Os outros denunciados são Alberto Feilharber, vice-presidente da belga Astra Oil, os operadores financeiros Jorge Davies, Raul Davies e Gregório Preciado, e seis ex-funcionários da Petrobras: Luis Carlos Moreira, Carlos Roberto Martins Barbosa, Cezar de Souza Tavares, Rafael Mauro Comino, Agosthilde Monaco de Carvalho e Aurélio Oliveira Telles.

O dirigente da empresa belga e Luis Moreira, que era gerente executivo da área internacional, teriam, segundo o MPF, acertado o pagamento de propina caso a estatal brasileira comprasse 50% da refinaria americana. Delcídio do Amaral é acusado de ter recebido ao menos 1 milhão de dólares do montante, por ter indicado e apoiado a nomeação de Nestor Cerveró para o comando dos negócios externos da Petrobras.

A punibilidade de Delcídio é restrita uma vez que o ex-senador fez, ele também, acordo de delação com a Justiça. No entanto, a nova acusação aparece no momento em que os benefícios obtidos pelo político são contestados legalmente por não terem resultado em condenações efetivas de terceiros e podem ser revistos.

Continua após a publicidade

‘Há muito a ser feito’

Em declaração divulgada pelo Ministério Público, o procurador da República Antonio Carlos Welter, da força-tarefa da Lava Jato, afirmou que a denúncia indica que “há muito a ser feito” nas apurações da Petrobras. “Assim como outras denúncias poderão decorrer da continuidade das investigações no caso de Pasadena, há ainda, na Petrobras e fora dela, diversos contratos, obras e atos de corrupção cuja investigação demanda tempo e esforço”, argumentou.

Outra que falou sobre o caso, a procuradora Laura Tessler avaliou que o caso da refinaria como “um exemplo do poder devastador da corrupção e do quanto essa prática é nociva para a sociedade”. “Em razão de casos como esse, os recursos do Estado brasileiro são desperdiçados com o pagamento de corrupção, sobrepreço e superfaturamento, e o povo brasileiro é quem acaba sofrendo com a falta de recursos públicos para necessidades básicas, como saúde, saneamento básico e educação”, criticou a procuradora.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.