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MP quer tirar foco da ilegalidade de delações, diz defesa de Lula

Lideranças petistas contestam apresentação da denúncia no dia em que veio à tona o escândalo das gravações envolvendo delatores da JBS

Por Da Redação
Atualizado em 5 set 2017, 21h49 - Publicado em 5 set 2017, 21h25
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  • A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a denúncia apresentada contra o petista e outras lideranças do partido, nesta terça-feira, é uma tentativa do Ministério Público Federal (MPF) de tirar o foco do escândalo envolvendo as gravações entre o executivo Joesley Batista e o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud. Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, as colaborações premiadas são “ilegais e ilegítimas”.

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    “Essa denúncia, cujo teor ainda não conhecemos, é mais um exemplo de mau uso das leis para perseguir o ex-presidente Lula, que não praticou qualquer crime e muito menos participou de uma organização criminosa. É mais um ataque ao estado de direito e à democracia”, disse Martins. “O protocolo dessa denúncia na data de hoje sugere ainda uma tentativa do MPF de mudar o foco da discussão em torno da ilegalidade e ilegitimidade das delações premidas no país.”

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    A defesa do ex-ministro Guido Mantega que é contraditório a PGR apresentar uma denúncia no dia em que foram veiculadas as gravações de conversas entre os delatores da JBS.

    “É no mínimo contraditório que, num dia histórico, quando o Brasil se depara com a desfaçatez dos delatores e sua disposição ao teatro e à dissimulação, a PGR resolva oferecer denúncia usando como prova basicamente a palavra de delatores, antes de empreender uma apuração mínima para saber se as acusações possuem algum elo com a realidade”, diz a nota assinada pela advogada Mariana Tranchesi Ortiz.

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    O advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa o ex-tesoureiro João Vaccari Neto, afirmou que a denúncia apresentada pela PGR é “surpreendente” e “totalmente improcedente”.

    “Enquanto tesoureiro do PT, [Vaccari] cumpriu seu papel, de solicitar doações legais destinadas ao partido, as quais sempre foram depositadas na conta bancária partidária, com respectivo recibo e a prestação de contas às autoridades competentes, tudo dentro da lei e com absoluta transparência”, disse D’Urso. “O Sr. Vaccari continua confiando na Justiça brasileira e tem convicção de que as acusações que lhe são dirigidas haverão de ser rejeitadas.”

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    O PT, presidido pela senadora Gleisi Hoffmann (PR), emitiu comunicado dizendo que a denúncia “parece uma tentativa do atual procurador-geral de desviar o foco de outras investigações, que também envolvem um membro do Ministério Público Federal, no momento em que ele se prepara para deixar o cargo”.

    “Não há fundamento algum nas acusações contra o Partido dos Trabalhadores. Desde o início das investigações da Lava Jato, o PT vem denunciando a perseguição e a seletividade de agentes públicos que tentam incriminar a legenda para enfraquecê-la politicamente. Esperamos que essas mentiras sejam tratadas com serenidade pela justiça brasileira, e terminem arquivadas como já ocorreu com outras denúncias sem provas apresentadas contra o partido”, disse.

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    A defesa do ex-ministro Antonio Palocci disse que só irá se manifestar quando tiver ciência do conteúdo da denúncia.

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    As defesas da ex-presidente Dilma Rousseff e dos ex-ministros Edinho Silva e Paulo Bernardo não foram localizadas.

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