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‘Moro não precisa de blindagem de ninguém’, diz Major Olimpio

Líder do PSL disse a VEJA que mensagens divulgadas são 'vazamentos criminosos'. Na avaliação do senador, debate não partirá para o 'enfrentamento político'

Por André Siqueira 18 jun 2019, 23h16

O líder do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no Senado, Major Olimpio (SP), disse que o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro não precisa de nenhuma blindagem. Moro comparecerá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa nesta quarta-feira, 19, para prestar esclarecimentos sobre as mensagens trocadas entre ele o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

“O Moro não precisa de blindagem de ninguém, por sua experiência e carreira na vida pública”, afirmou a VEJA o senador. Para Olimpio, as mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil são “vazamentos criminosos” e não devem se tornar um empecilho do governo para a aprovação da reforma da Previdência e do pacote anticrime, de autoria do Moro. “Vai prejudicar a Previdência pelo vazamento do site? Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, disse.

O líder do PSL no Senado esteve com Moro nesta segunda-feira, e afirmou que o ministro está “tranquilo” e tem a convicção de que está “100% dentro da lei”. “Precisamos enxergar com normalidade a visita de um ministro ao Senado, à CCJ, principalmente em uma situação na qual ele se colocou à disposição para vir, não foi sequer convidado, quanto mais convocado”, disse. Na terça-feira 11, o líder do governo na Casa, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), um ofício no qual o ministro se colocava à disposição para ser ouvido.

Na avaliação de Olimpio, os senadores da oposição não partirão para um “enfrentamento político”. “Entendo que eles [senadores] deverão argumentar, cobrá-lo sobre algumas situações, mas de uma forma tranquila. Se houver um ataque político, Moro é uma pessoa serena, que não altera sua pulsação, não demonstra estar nervoso, e não vai estimular o embate político”, disse.

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O senador também não acredita que a discussão se centralize na tentativa de anulação do processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por Moro no caso do tríplex do Guarujá. “A defesa do ex-presidente ou de qualquer denunciado e condenado na Lava Jato tentarão usar argumentos para anulação de penas dentro do campo judicial. Com o Moro, os senadores vão se pautar na questão técnica, que é o vazamento”, ponderou.

Decreto de armas

Na avaliação de Olimpio, a sessão do Senado que derrubou o decreto assinado por Bolsonaro, que flexibilizava o porte de armas, não é uma derrota do governo, mas da sociedade brasileira. “O presidente tinha um compromisso com a população, com a maioria que o elegeu, e ele cumpriu isso na elaboração do decreto. Mas, se o Legislativo entendeu por derrubar o texto, respeitemos a soberania do Legislativo”, disse.

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O senador negou que o governo tenha pecado na articulação política, mas afirmou que em votações anteriores, os senadores tomaram “uma paulada imensa”. “Diálogo nós tentamos o tempo todo, exaustivamente, e vamos continuar tentando. No Senado, tivemos um reflexo do que havia ocorrido na CCJ”, disse. Na comissão, o decreto do presidente foi rejeitado por 15 votos a 9. “Agora, vamos tentar na Câmara dos Deputados o mesmo processo de sensibilização, de convencimento, e continuar insistindo na necessidade da aprovação do texto”, acrescentou.

O líder do PSL disse a VEJA que os senadores sinalizaram que votariam favoravelmente ao tema, se o governo apresentasse um projeto de lei, uma vez que o decreto, na avaliação dos parlamentares, extrapolou competências. “Por isso, deveremos apresentar, nos próximos dias, um projeto de lei neste sentido”, afirmou.

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