Moraes proíbe PT de usar vídeos que associem Bolsonaro à pedofilia
Presidente do TSE ordenou a retirada de posts nas redes sociais de Lula, Janja e Gleisi Hoffmann
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, acatou o pedido da campanha de Jair Bolsonaro e proibiu Luiz Inácio Lula da Silva de utilizar na propaganda eleitoral gratuita e nas redes sociais os vídeos que associam o presidente ao crime de pedofilia.
A medida ocorre depois de, em entrevista a um canal do YouTube, Bolsonaro ter usado a expressão “pintou um clima” ao se referir a adolescentes venezuelanas, com quem ele teve contato no Distrito Federal durante um passeio de moto. O assunto dominou as redes sociais durante os últimos dias e motivou a campanha bolsonarista a também promover anúncios pagos com a frase “Bolsonaro NÃO é pedófilo” na internet.
A proibição e a consequente retirada de posts da rede social atinge não só o presidenciável petista, como também sua esposa, Rosangela da Silva, a Janja, e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT. Na sua decisão, o ministro prevê multa de 100 mil reais em caso de descumprimento.
“O contexto evidencia a divulgação de fato inverídico e descontextualizado. Não pode ser tolerada pelo TSE, notadamente por se tratar de notícia falsa divulgada no segundo turno da eleição presidencial. A divulgação tem aparente finalidade de vincular a figura de Bolsonaro ao cometimento de crime sexual”, disse Moraes em sua decisão.