Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Ministro rebate ex-secretário e o acusa de ter “fantasias persecutórias”

Ariel de Castro Alves alegou que a pasta dá pouca atenção à criança e ao adolescente e que Almeida não gostou de encontro do então subordinado com Janja

Por Da Redação Atualizado em 13 nov 2023, 18h09 - Publicado em 13 nov 2023, 18h04
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgou nota nesta segunda-feira, 13, em que rebate as acusações feitas a VEJA pelo ex-secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel Castro Alves, demitido do posto em abril.

    Para o ministro Silvio Almeida, o ex-subordinado tem se valido de “fantasias persecutórias e ilusões de grandeza” e de uma “prática rasteira de ataques baseados em mentiras” para justificar sua saída do governo, quando, na avaliação da pasta, a troca de guarda ocorreu por falta de desempenho adequado para a função.

    A VEJA, Castro Alves havia alegado, entre outras coisas, que o ministério teria relegado a segundo plano a atenção à criança e ao adolescente e que Almeida ficara “melindrado” após um encontro do então subordinado com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

    A seguir a íntegra da nota do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania:

    “O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), cumprindo seu dever institucional de combater a desinformação e o discurso de ódio, vem a público se manifestar acerca das inverdades proferidas pelo ex-Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Ariel de Castro Alves, em recente entrevista a VEJA.

    Continua após a publicidade

    Essa não é a primeira vez que o ex-Secretário adota a prática rasteira de ataques baseados em mentiras, um nítido ato de desespero de quem não se conforma com seu desligamento.

    Ao contrário do que afirma o ex-Secretário, sua demissão se deu com base em critérios técnicos, após avaliação de desempenho: em que pese seu conhecimento do tema, não conseguiu fazer frente aos inúmeros desafios e complexidades da área, nem dar efetividade às políticas públicas voltadas às crianças e adolescentes.

    Fator determinante para a demissão foi a omissão do ex-Secretário na organização de ações fundamentais como a Campanha 18M, que integrou a semana de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, coordenada pelo MDHC. Foi apenas após a saída do então Secretário que a equipe conseguiu se reorganizar e apresentar um trabalho de excelência e consistente, publicamente elogiado.

    Continua após a publicidade

    Tampouco procede a afirmação de que ele “não seria uma escolha do Ministro”. Ao Ministro foi dada, pelo Presidente da República, total autonomia para a formação da equipe, sendo a livre escolha do nome do ex-Secretário uma opção, mas que, infelizmente, mostrou-se equivocada.

    É igualmente falsa a afirmação de que “não tivemos campanhas publicitárias” durante o processo de escolha dos conselheiros tutelares. Uma campanha de grande porte foi lançada em parceria com a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e contribuiu para a realização de uma eleição unificada, recordista em participação popular e com o apoio institucional inédito de todos os tribunais regionais eleitorais por meio de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Vale ressaltar ainda que foi somente após a exoneração do ex-Secretário que foi dado andamento a projetos essenciais do Ministério voltados a crianças e adolescentes. Dentre eles, destacam-se:  programas de equipagem dos Conselhos Tutelares e dos Centros de Atendimento Especializado de vítimas/testemunhas de violência – 31 Conselhos Tutelares já foram equipados com um kit composto de carro e computador; formação de profissionais do Sistema Socioeducativo por meio de cursos de especialização e Melhorias na Política de Atendimento Socioeducativo através do “Sinase pra Valer”; Criação da Comissão Intersetorial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes –  Comissão instituída por meio do Decreto 11.533/2023; e Aprimoramento e Reestruturação da Escola Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

    Continua após a publicidade

    Apesar de toda dificuldade orçamentária vivida neste ano, fruto do desprestígio que os Direitos Humanos tinham na gestão passada, responsável pelo orçamento de 2023, a verdade é que o MDHC obteve inúmeros avanços e esse trabalho é reconhecido não apenas internamente, como também em âmbito internacional.

    Ainda sobre a destinação de recursos para programas prioritários, a exemplo do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), eles não foram afetados por qualquer tipo de contingenciamento e o Ministério segue incrementando seu orçamento. Fato é que houve suplementação de cerca de 87% nesse programa. O orçamento deixado pela gestão anterior para o PPCAAM no ano de 2023 foi de R$ 18.267.386,00, valor suplementado pelo governo federal em R$ 15.993.866,00, totalizando, atualmente, um orçamento de R$ 34.261.252,00. O ex-Secretário, portanto, sequer sabia da situação orçamentária da pasta que ele próprio conduzia.

    No que se refere a entrevistas, não há lugar para qualquer tipo de censura no Governo Federal e, por consequência, no MDHC. O ex-Secretário teve liberdade para dialogar com a imprensa; apenas não compreendeu a transversalidade das temáticas de competência da sua Secretaria, ignorando aspectos como institucionalidade, alinhamento e planejamento estratégico.

    Continua após a publicidade

    Se o ex-Secretário, de fato, está preocupado com o presente e o futuro das nossas crianças e adolescentes, deveria parar de espalhar desinformação, inclusive com a manifestação de fantasias persecutórias e ilusões de grandeza. A fim de encobrir a verdade sobre seu desempenho à frente do cargo, também faz ilações falsas envolvendo outras pessoas que nada têm a ver com a questão.

    Em toda entrevista o ex-Secretário disse apenas uma verdade: “o Ministro não o via como alguém de confiança”. O Ministro não tinha outra opção a não ser exonerá-lo, justamente por ele ocupar um cargo de confiança e não ter desempenhado a função à altura da missão que lhe foi confiada”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.