O ato organizado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro em homenagem ao 7 de setembro na Avenida Paulista neste sábado foi marcado pela presença de vários manifestantes empunhando cartazes em protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e com faixas em defesa ao X, rede social suspensa no Brasil por decisão de Moraes.
Trata-se do retorno desse tipo de manifestação nos eventos organizados pela ala bolsonarista. Em abril deste ano, assim como já tinha feito em fevereiro, Bolsonaro pediu que manifestantes não levassem cartazes para os atos, com o objetivo de não piorar sua relação com o Judiciário no momento que se vê fragilizado sendo alvo de inquéritos que tramitam na Suprema Corte.
A maior parte de quem foi para a Avenida Paulista veste roupas verde e amarelas. Outra parte carrega cartazes de vários tipos, ou bandeiras de Israel. Algumas faixas pediam o impeachment de Moraes, responsável pelos inquéritos nos quais Bolsonaro é alvo. “Fora Lula. Fora Alexandre de Moraes. Liberdade de expressão e anistia aos presos inocentes de 8 de janeiro”, fiz a mensagem escrita em outro cartaz.
Apoio a Elon Musk
Pessoas levaram também para a Avenida Paulista faixas com mensagens de apoio a Elon Musk, dono da rede social X. Um dos cartazes trazia a mensagem de agradecimento ao bilionário americano: “Obrigado, Elon Musk”. Sobre o palanque, um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também não deixou passar em branco e foi ao evento vistindo uma camiseta homenageando Musk. “Free speech (liberdade de fala)”, diz o texto da parte da frente peça de roupa, ornamentada também com um X inscrito na parte das costas.
Houve ainda manifestantes que decidiram fazer outros tipos protestos neste sábado em São Paulo. Algumas pessoas compareceram ao ato bolsonarista vestindo camisetas que pediam intervenção militar no País. Organizado pelo pastor Silas Malafaia, amigo do ex-presidente, o evento conta ainda com a presença de vários políticos. Além de Eduardo Bolsonaro, o ato conta com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).