Organizador do ato de 7 de setembro neste sábado na Avenida Paulista, em São Paulo, o pastor Silas Malafaia, amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendeu o impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e também a prisão durante seu discurso no evento. Durante sua fala, Malafaia criticou o ministro e listou uma série de crimes que Moraes teria cometido na condução de inquéritos contra Bolsonaro e outros aliados.
“Vai chegar a hora de Alexandre de Moraes prestar contas. Ele é um ditador de toga. O inquérito de 8 de janeiro é uma farsa dele para produzir perseguição política. Ele censurou gente. Estou mostrando artigos da constituição que ele rasgou”, afirmou o pastor para centenas de manifestantes que faziam gritos de protesto contra o ministro do STF. “Ele não merece só o impeachment. Ele tem que ir para a cadeia. Lugar de criminoso é na cadeia”, completou Malafaia.
Cobrança a Pacheco
Ainda durante seu discurso, o aliado do ex-presidente fez críticas ao presidente do Congresso, o senador, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O pastor cobrou o senador por não colocar em votação os pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes. “Senhor Rodrigo Pacheco, qual legado o senhor vai deixar para sua família e para as outras gerações? O senhor está sentado em cima do impeachment de Alexandre de Moraes”, provocou o pastor, que também mandou recados a outros ministros da Suprema Corte.
“Ministros do Supremo: os senhores estão jogando na lata do lixo a reputação da mais alta Corte. Estão jogando na lata do lixo a vossa reputação. O STF não é uma confraria de amigos para proteger amigo criminoso”, atacou.
Psicopata
Pouco mais cedo, filho Zero Três do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, chamou Alexandre de Moraes de “psicopata” e acusou o ex-ministro de ter um plano para prendê-lo. Vestido com uma camiseta em homenagem à rede social X, controlada por Elon Musk e suspensa no Brasil por ordem de Moraes, o deputado também puxou o coro de “Fora Xandão” junto a centenas de manifestantes presentes na Avenida Paulista.
“Só tem uma diferença entre mim e aqueles que estão presos politicamente hoje: é que não teve tempo de Alexandre de Moraes me pegar, porque ele me selecionou para ser investigado. Graças ao bom Deus, o jornalista Glenn Greenwald explanou esse plano de me colocar na cadeia, e eu pude prevenir e alertar a todos sobre essa maldade contra mim, uma pessoa inocente”, afirmou Eduardo.