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Mais votado da lista para PGR, Bonsaglia disputava eleição pela 3ª vez

Luiza Frischeisen, que é a preferida da Lava Jato, e Blal Dalloul, ligado a Rodrigo Janot, completam a lista, que pode ser aceita ou não por Bolsonaro

Por Da Redação
18 jun 2019, 20h01
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  • Os procuradores Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul foram, respectivamente, os mais votados pelos membros do Ministério Público Federal para serem indicados ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Havia dez candidatos.

    É a terceira vez que Bonsaglia, considerado experiente na área criminal e independente dos principais grupos que disputam o poder no Ministério Público Federal (MPF), disputa a lista tríplice. Ele teve 478 votos, seguido de Frischeisen (423) e Dalloul (422).

    Bonsaglia e Frischeisen são subprocuradores-gerais da República, último nível da carreira. Já Dalloul é procurador regional.

    Frischeisen coordena a câmara criminal do MPF e tem a simpatia de integrantes da Lava Jato nos estados. Dalloul foi secretário-geral na gestão do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, e é visto como o mais ligado ao ex-procurador-geral.

    Os nomes vão compor uma lista tríplice que será entregue pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), a quem cabe a escolha. O indicado pelo presidente terá de ser sabatinado e aprovado pelo Senado.

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    Bolsonaro não tem obrigação legal de seguir a lista, mas todos os presidentes da República têm respeitado essa tradição desde 2003.

    Nesta terça, Bolsonaro disse que “todos que estão dentro e fora da lista” têm chance de ser indicados, o que inclui a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, que decidiu não se inscrever para concorrer na eleição interna.

    O mandato de Dodge termina em 17 de setembro. No início deste mês, ela afirmou estar “à disposição” para uma eventual recondução ao cargo para um segundo mandato de dois anos.

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    Além de Dodge, há outros procuradores que disputam a indicação “por fora” da lista tríplice, como Augusto Aras.

    Essa prática é criticada por parte dos integrantes da carreira, que vê na lista tríplice um instrumento democrático e importante para garantir a independência do chefe do MPF em relação ao Executivo.

    Entre outras funções, cabe ao procurador-geral da República investigar e denunciar políticos com foro especial perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

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