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Lula tem chance de vitória no 1º turno, e Bolsonaro pena com a inflação

Pesquisa traz outros dados positivos para o petista, como o menor nível de rejeição no primeiro pelotão e o maior percentual de voto consolidado

Por Daniel Pereira Atualizado em 9 fev 2022, 07h33 - Publicado em 9 fev 2022, 07h30
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  • Se a eleição fosse hoje, o ex-presidente Lula (PT) teria chance de vencer no primeiro turno, segundo pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira, 9. Encomendada pela Genial Investimentos e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sondagem mostra o petista com 45% das intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro (PL) registra 23%. Na terceira colocação aparecem empatados o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 7% cada um. Na sequência, outro empate: o governador João Doria (PSDB) e o deputado André Janones (Avante) têm 2%. A senadora Simone Tebet (MDB) marcou 1%, e os demais pré-candidatos não pontuaram. Ou seja: Lula tem 3 pontos a mais do que a soma de seus rivais. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

    A Quaest testou quatro cenários. Mesmo naqueles em que há redução do número de postulantes da chamada terceira via, Lula amealha mais apoio do que o conjunto de seus rivais. Pelo menos outros dois dados são positivos para o petista. A rejeição a ele é de 43%, bem inferior à de Bolsonaro (66%), Moro (62%) e Ciro (54%). O voto no ex-presidente também é mais consolidado. Dos que declaram voto em Lula, 74% dizem que a decisão é definitiva. Nos casos de Bolsonaro, Moro e Ciro, os percentuais são de, respectivamente, 65%, 38% e 30%.

    Candidato à reeleição, Bolsonaro continua com dificuldade para reduzir a rejeição a seu governo. A avaliação negativa se manteve estável, passando de 50% em janeiro para 51% em fevereiro. Ela caiu acima da margem de erro (de 48% para 42%) na região Centro-Oeste, mas subiu acima da margem de erro no Nordeste (56% para 61%) e no Norte (42% para 48%).

    Desde a implantação do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família, o presidente espera recuperar popularidade entre aqueles que têm renda mensal de até dois salários mínimos. Até agora, suas esperanças foram frustradas. Nesse segmento, a avaliação negativa ao governo passou de 52% em janeiro para 57% em fevereiro. Em todas as faixas de renda, etárias e níveis de escolaridade, a reprovação à gestão supera com folga a aprovação.

    O mesmo acontece em relação ao enfrentamento dos problemas. No caso do combate à Covid-19, 65% reprovam a atuação do presidente, enquanto 32% aprovam. Quando o assunto é combate à inflação, a situação é ainda pior: 80% reprovam e só 18% aprovam. Enquanto trava duelos imaginários e insiste em desatinos em diversas frentes, Bolsonaro tem sua reeleição ameaçada pelos problemas da vida real.

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