Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Lula pede que STF anule sentenças e processo contra ele na Lava Jato

Recurso da defesa do ex-presidente se baseia em decisão da Segunda Turma do Supremo de anular condenação de ex-presidente da Petrobras

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 ago 2019, 17h17 - Publicado em 28 ago 2019, 16h24

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira, 28, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que a corte anule as duas condenações impostas ao petista na Operação Lava Jato, casos do tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, e o processo a que ele responde e ainda não foi concluído, sobre a compra de um terreno e de uma cobertura a Lula pela Odebrecht. Eles pedem também, em liminar, que o ex-presidente seja solto.

O recurso movido pelos defensores do petista é baseado na decisão da Segunda Turma do STF que, nesta terça-feira, 27, anulou a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine em um processo da Lava Jato. O argumento que levou à decisão dos ministros, por três votos a um, é o de que réus que sejam delatores premiados devem apresentar alegações finais no processo antes dos réus que não têm acordos de colaboração com a Justiça. As alegações finais são a última oportunidade para os acusados se defenderem na ação penal. 

Com a decisão do Supremo, o processo contra Bendine, no qual ele foi condenado a 11 anos de prisão pelo suposto recebimento de 3 milhões de reais em propina da Odebrecht, voltará à primeira instância para que as alegações finais sejam reapresentadas e uma nova sentença seja proferida. Com a ida do ex-juiz federal Sergio Moro ao Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, o juiz federal Luiz Antônio Bonat assumiu as ações penais da Lava Jato em primeira instância no Paraná.

Na peça submetida hoje ao Supremo, os advogados de Lula afirmam que, no caso do terreno para construção do Instituto Lula e da cobertura vizinha à do petista em São Bernardo do Campo, ainda sem sentença, pediram a Moro que o ex-presidente apresentasse suas alegações finais depois de réus delatores, como Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci. Moro, contudo, negou a solicitação, decisão mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No processo referente ao sítio de Atibaia, que levou Lula a uma condenação a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o mesmo pedido foi feito e negado pela juíza federal Gabriela Hardt. O ex-presidente também foi condenado em primeira instância, pelo TRF4 e pelo STJ no caso do tríplex do Guarujá, no qual ele preso desde abril de 2018 para cumprir pena.

Os defensores de Lula solicitam ao STF que, nas três ações, seja reaberta a fase de alegações finais na primeira instância e, assim, novas sentenças sejam proferidas.

Continua após a publicidade

Os defensores de Lula alegam no habeas corpus ao STF que não há previsão legal à cronologia de apresentação de alegações finais em processos com delatores porque o Código de Processo Penal é anterior à lei das organizações criminosas, que prevê as delações premiadas.

“É que, por mandamento constitucional, o contraditório e a ampla defesa devem ensejar ao acusado em juízo – necessariamente e sempre – a possibilidade plena de se contrapor a todas as cargas acusatórias contra ele direcionadas, inclusive as chamadas de corréus, gênero de que são espécie as alegações escritas de delatores que, inevitavelmente, veiculam forte conteúdo de natureza incriminadora, a exigir o crivo do contraditório”, diz o recurso.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.