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Lula e Pelé depõem em processo da Lava Jato sobre Rio-2016

Ex-presidente é ouvido na manhã desta terça-feira como testemunha do ex-governador Sérgio Cabral (MDB); ex-jogador fala à tarde, a pedido de Carlos Nuzman

Por Da Redação
Atualizado em 29 dez 2022, 16h32 - Publicado em 5 jun 2018, 09h43

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, foram arrolados como testemunhas de defesa em processo da força-tarefa da Operação Lava Jato que investiga corrupção na eleição da capital fluminense como sede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Lula fala nesta terça-feira, 5, por vídeo conferência de Curitiba, onde está detido. É a primeira vez que o ex-presidente vai depor desde que foi preso, há quase dois meses. Ele será ouvido pelo juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da operação no estado, a pedido do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB).

Pelé deve falar a partir das 16h. O ex-jogador deve depor da sua casa em Santos (SP), por Skype. O pedido para ouvi-lo partiu de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Outros também arrolados como testemunhas no processo são o ex-ministro do Esporte e deputado federal Orlando Silva Júnior (PCdoB-SP) e o deputado estadual Carlos Roberto Osório (PSDB).

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Cabral, Nuzman e Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do Comitê Rio-2016, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) em outubro de 2017, no âmbito das investigações da Operação Unfair Play, uma das fases da Lava Jato no Rio. De acordo com o apurado pelo MPF, Sérgio Cabral pagou propina para a delegação africana do Comitê Olímpico Internacional (COI), por meio do empresário Arthur Soares, para que a cidade fosse escolhida para sediar os jogos.

Carlos Nuzman e Leonardo Gryner teriam sido os agentes responsáveis por unir pontas interessadas, fazer os contatos e “azeitar as relações para organizar o mecanismo do repasse de propinas”, segundo o MPF. Os procuradores também ressaltaram que nos últimos dez dos 22 anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, não havendo indicação clara de seus rendimentos, além de manter parte de seu patrimônio oculto na Suíça.

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Quando a denúncia foi apresentada, Carlos Arthur Nuzman se posicionou por meio de seus advogados. O dirigente jurou inocência e disse que as acusações contra ele e os dirigentes africanos Papa e Lamine Diack são “fruto de uma criação mental”.

“Para fugir do vazio acusatório criaram uma situação esdrúxula, o funcionário público que não é funcionário público. É o caso do Carlos Arthur Nuzman e até mesmo dos senegaleses, que são apontados como tendo praticado o crime de corrupção passiva. Isso não passa no exame de qualquer análise jurídica séria que se possa fazer sobre essa imputação”, afirmou o advogado Nélio Machado.

O ex-governador Sérgio Cabral também nega todas as acusações.

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