Política

Lula convida, mas Pacheco recusa convite para ir a eventos em Minas Gerais

Senador alegou que está ocupado em Brasília, participando de discussões sobre seus projetos no Congresso Nacional

Por Pedro Jordão SEGUIR SEGUINDO 11 dez 2025, 16h47 • Atualizado em 11 dez 2025, 19h28

Os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Senado, Rodrigo Pacheco, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em junho de 2023 — Lula e Pacheco: possibilidade de senador disputar o governo de Minas com o apoio do petista é cada vez menor (Joédson Alves/Agência Brasil)

Rodrigo Pacheco recusou pela 1ª vez convite de Lula para agenda em MG. O gesto, inédito, sinaliza um possível afastamento após o senador não ser indicado ao STF. A decisão complica os planos de Lula para 2026 no estado, já que Pacheco era cotado para governador e agora pode não se candidatar. Quem o PT cogita como alternativa?
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O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Congresso Nacional, recusou, pela primeira vez, um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhá-lo em uma visita a Minas Gerais nesta quinta-feira, 11, como vinha fazendo em todas as outras agendas do petista no estado.

A equipe do parlamentar alegou que ele está em Brasília para acompanhar os projetos dele que estão em discussão no Senado. “Não poderei estar presente [na agenda de Lula]. Mas é sempre uma honra receber um convite do presidente e uma alegria tê-lo em Minas”, diz uma nota emitida pelo parlamentar.

Rodrigo Pacheco vem sendo cortejado por Lula há meses para se tornar o representante dele na disputa do governo mineiro em 2026. No entanto, o senador tinha interesse também em ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso — o que se tornou inviável após Lula ter optado por indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias.

A não indicação de Pacheco por Lula ao STF tem potencial de afastar os dois, bem como ocorreu entre o petista e o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) — aliado de Pacheco. A imprensa mineira, inclusive, já fala que o senador tem ficado cada vez mais desanimado em se candidatar ao comando do estado e que, com isso, um novo desafio se impõe a Lula.

Em Minas, uma frente ampla cada vez mais respaldada e forte vem sendo organizada pelo candidato à sucessão de Romeu Zema (Novo), o vice-governador Matheus Simões (PSD). Para Pacheco se candidatar, ele teria de abandonar o PSD e formar alianças com partidos de centro-esquerda, mas ele mesmo já falou diversas vezes o quanto gosta da legenda e se sente à vontade nela.

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Cada vez mais difícil de poder contar com Pacheco em 2026, Lula e o PT cogitam outros nomes, como o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PDT) e o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB). A ideia dos petistas é lançar a candidatura de Alexandre Silveira (hoje no PSD), pelo PSB, ao Senado.

Em sua oitava visita a Minas Gerais somente em 2025, Lula está no estado desde o início da manhã desta quarta. Ele participou da inauguração de um centro de radioterapia, além da abertura da Caravana Federativa. O estado é considerado pêndulo nas eleições e, desde a redemocratização, todos os presidentes eleitos venceram por lá.