Em uma estratégia para se descolar de eventuais desgastes provocados pela CPI Mista do 8 de janeiro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vetou a ida de um de seus principais aliados para o comando da comissão.
O colegiado, que deve ser instalado nos próximos dias, vai investigar se houve omissões ou falhas do governo durante a invasão e destruição às sedes dos três poderes.
Inicialmente, a indicação do líder do PP, André Fufuca (MA), era tida como certa para assumir a presidência da comissão. No entanto, Lira afirmou aos caciques do partido que preferia não ter um nome tão próximo no posto.
Fufuca é um dos seus principais aliados, e Lira não queria que eventuais revelações que pudessem comprometer o governo saíssem sob o comando de um parlamentar tão próximo, o que poderia ser recebido como uma investida direta dele.
Oficialmente, Fufuca diz que ele próprio desistiu da função, que seria uma “furada” em meio à polarização dos deputados. No lugar, deve ser indicado o deputado Arthur Maia (União-BA).